Depoimento de Andrea

Começo esse relato dizendo que eu era uma das pessoas mais céticas quanto ao tantra. Por mais que tivesse estudado Reich e soubesse do poder da energia sexual, eu ainda tinha todos os preconceitos imagináveis pra uma pessoa cartesiana e cheia de poréns com a técnica. Não sei bem o que girou a chave. Talvez estar na Bahia, aberta a me curar de mim; talvez a crise de ansiedade que tive percebendo a minha necessidade de controle e a culpa do prazer na vida; talvez o Reich; talvez tudo junto. Até o último minuto eu pensei em desistir (ressalto aí a paciência do Nishanto em continuar tranquilo, firme e delicado enquanto eu queria fugir). O encontrei na internet e tinha muito medo de entrar para as estatísticas de pessoas que sofrem abusos de falsos terapeutas. Mas se eu estou aqui contando é porque o resto é história. Durante o atendimento, não só tive confiança na seriedade dele, como acessei um lugar tão seguro em mim que me trouxe uma clareza de pensamentos que há muito tempo não tinha. Relembrei um bem estar que não sentia há muito tempo e uma capacidade criativa que tinha bloqueado. Teria valido a pena só por soltar um choro que eu não conseguia chorar há muitos anos. Mas foi bem mais que isso. Percebi as minhas capacidades, e estive de frente a mim mesma com o aprendizado de que a gente pode escolher o peso a carregar, se vai ser dos problemas, ou dos desejos e sonhos. Me submeter ao atendimento foi um ato de coragem, manter o que acessei naqueles minutos, um ato de amor próprio. Obrigada, Nishanto.