Terapia do
Renascimento
A Terapia do Renascimento é um trabalho de limpeza, organização e reequilíbrio das informações bioelétricas que permeiam o nosso sistema nervoso autônomo que, quando desajustadas ou disfuncionais, criam couraças neuromusculares prejudiciais ao longo desse sistema, criando uma anatomia emocional extremamente reativa, que encobre a essência do indivíduo, podendo trazer uma sensação de fragmentação.
Ela foi sistematizada por um homem chamado Leonard Orr que, junto de Stanislav Grof, Timothy Leary e outros cientistas da época (anos 70 nos EUA), vinha fazendo pesquisas terapêuticas a respeito dos estados de consciência humana. Enquanto alguns direcionavam suas pesquisas para os psicoativos ou enteógenos, outros se inspiravam nas culturas do oriente que muito falavam em meditação e, principalmente, o poder da respiração.
Suas pesquisas começaram com experiências de meditação com parte do corpo imerso em água morna, sem nenhum padrão de respiração específico. Descobriu o poder da respiração circular quando mudou as experiências meditativas, colocando-se submerso em água morna, respirando por um snorkel, com o nariz preso.
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Como funciona a Terapia do Renascimento?
Desde as suas primeiras descobertas até hoje, a terapia do Renascimento já foi passando por várias interpretações de diferentes escolas; enquanto algumas trabalham apenas individualmente, outros atendem grupos. Há ainda os que apenas trabalhem com o paciente na água, outros apenas em colchonetes em solo firme. As músicas, assim como os elementos acessórios à sessão, bem como as sugestões utilizadas podem também diferenciar uma escola da outra.
A principal ferramenta da sessão de Renascimento é a Respiração Circular. Junto dela encontramos outros elementos que formam os pilares do Renascimento. Seja qual for a linha que o seu terapeuta trabalhe, esses 5 princípios devem estar sempre presentes:
- 1 - Respiração Circular
- 2 - Relaxamento Profundo
- 3 - Consciência nos detalhes
- 4 - Integração no prazer
- 5 - Sempre funciona
1- A Respiração Circular do Renascimento
Para mergulharmos no processo terapêutico do Renascimento precisamos manter a nossa respiração conscientemente em um padrão circular para ativarmos o corpo. Elementos como força, ritmo e profundidade da respiração são responsáveis por ativar o corpo da pessoa em mais ou menos tempo, com mais ou menos intensidade. Uma respiração é circular quando não existe pausas entre a inspiração e a expiração. O corpo segue sempre inspirando e expirando, contraindo e expandindo.
Além de ser circular, a respiração do renascimento possui outras características que trazem qualidades singulares para a técnica. A expiração deve ser relaxada, livre, com um movimento de quem solta um peso quando solta o ar. Não deve ser assoprada ou expulsa, tampouco presa ou reprimida. Inspira com força e relaxa na saída do ar. E o circuito deve ser sempre mantido pela mesma via respiratória: inspirou pelo nariz, expira pelo nariz. Inspirou pela boca, expira pela boca. Falaremos mais pra frente sobre diferentes tipos de Respirações Circulares.
2 - Relaxamento Profundo
Repressões e couraças neuromusculares causam tensão em demasia. Toda a distração que o corpo precisa criar para sustentar uma neurose, causa desgaste por excesso de inquietação e movimento. Tudo isso é sistema nervoso simpático ativado.
O Relaxamento profundo permite que a gente possa ativar o sistema nervoso parassimpático, da digestão, descanso, metabolismo e manutenção. O Relaxamento é fundamental para que possamos atingir camadas mais profundas da anatomia emocional.
3 - Consciência nos Detalhes
A respiração circular vai tornar o corpo mais sensível, com mais energia, mais vitalidade. Nesse estado de ativação a percepção fica alterada e o corpo fala mais alto, o que não quer dizer que fale com mais clareza.
É comum que o corpo seja inundado por sensações mais ou menos familiares durante uma sessão de renascimento: formigamento nos membros e extremidades, presença de energia nos lábios, no rosto, sensação de estiramento de algumas fibras musculares nos braços e nas pernas, calor, frio, sudorese, vibrações, espasmos, sensações pontuais em partes específicas do corpo (uma pontada, uma queimação, um anestesiamento), enfim, o corpo com certeza será percebido de maneiras diferentes quando for ativado pela respiração durante a sessão.
O paciente deve ser sempre orientado a manter sua presença nas sensações do corpo. Qualquer que seja a sensação que chamar a atenção no momento, o melhor que fazemos é levarmos a nossa presença para aquela parte do corpo. Naturalmente a sensação se transforma e outra parte do corpo chama a atenção da consciência. E assim as emoções vão, como camadas, sendo liberadas por conta do processo energético da sessão.
Isso pode ou não trazer conteúdos, memórias ou experiências para a consciência do paciente. A codificação de conteúdos (ver coisas, receber mensagens, falar com mestres, etc) não deve ser entendida como avanço ou empecilho de maneira nenhuma. Cada pessoa, dentro de cada histórico, cada paradigma corporal e dentro da sua propriocepção vai desenvolver uma relação corpo-consciência: alguns são cinestésicos, outros visuais, outros auditivos, cada um com sua peculiaridade. O que faz a terapia do Renascimento acontecer não é a análise de conteúdo - é a respiração e a bioenergia que ela produz.
4 - Integração no Prazer
Tudo o que for vivido em uma sessão de Renascimento está diretamente ligado ao prazer que o corpo sente em estar vivo. O prazer inerente da vida, que permeia nosso sistema de autopreservação, que direciona nossa sexualidade, que pulsa nas nossas relações afetivas, amorosas e na expressão do nosso impulso criador e criativo.
As experiências vividas na sessão de Renascimento podem ser encaradas pela consciência como manifestações de êxtase e de profundo prazer. Mesmo as experiências de tensão, que nos colocam frente a frente com traumas profundos e medos enormes, quando o paciente não se perde no drama e compreende que, mesmo imerso em uma grande confusão emocional na sua experiência ele está tratando sua questão em um ambiente seguro e terapêutico, essa energia pode ser dirigida para a coragem e a satisfação.
5 - Sempre Funciona!
Não há que se falar em perfeição, em metas e objetivos em uma sessão de Renascimento. O quinto princípio vem pra lembrar que os 4 primeiros são ideais, modelos, e nem sempre são representados com perfeição na experiência, na realidade. Independentemente disso, a sessão de Renascimento é eficaz e pode ser bem reveladora.
A respiração consciente lenta e profunda já se mostrou terapêutica em uma série de estudos a respeito do poder da meditação sobre o nosso estado de espírito. Mesmo que a respiração não ative o corpo do paciente, algum espaço é liberado para que na próxima sessão o trabalho tenha mais fluidez e volume energético. Nada é perdido.
Não sentir nada é extremamente significativo. Não conseguir respirar dentro do padrão que a sessão pede também. Muitas vezes a pessoa precisa de mais confiança, precisa se desarmar mais para se permitir mergulhar na experiência. Cabe ao terapeuta facilitar a experiência do paciente, identificando os códigos e bloqueios que o impedem de respirar o suficiente.
Por isso dizemos que a sessão sempre funciona. Conseguindo respirar ou não, ativando o corpo ou não, a pessoa que se dispõe a olhar pra dentro durante a sessão acaba se surpreendendo. É interessante para aqueles que têm dificuldade de respirar, orientar que observem seus pensamentos durante a sessão por alguns instantes.
O processo de cura
O processo de cura acontece no nível energético e, a partir daí, para o corpo físico. A vibração do corpo e o volume de bioenergia trabalham juntos desfazendo os bloqueios das couraças neuromusculares retomando o fluxo e o nível de energia, assim como a sensibilidade ao longo do corpo. Esse processo de afrouxamento e dissolução das couraças, pouco a pouco vai permitindo que o comportamento ganhe elasticidade.
Durante esse processo é comum que experiências passadas, memórias, traumas, origem de compulsões e neuroses venham à consciência. A pessoa se lembra de coisas e tem uma espécie de “momento eureka”, uma sensação de que “a ficha caiu” e os pensamentos se organizaram de uma maneira que “faz sentido”. Essa experiência acima também é apenas um dos sintomas da sessão e não precisa ser encarada como um estágio no desenvolvimento. Existem pessoas que passam por longos e eficazes tratamentos com Renascimento, que eliminam sintomas de depressão e ansiedade do comportamento, que saem da inércia, recuperam o gosto pela vida e, embora toda a atitude tenha se transformado, as sessões não trouxeram nenhum conteúdo para a consciência; nenhuma lembrança, nada enterrado no subconsciente. Apenas sensações físicas e manifestações emocionais.
A comunicação do corpo com a consciência depende de uma série de fatores, como a consciência corporal que o paciente possui, o nível de facilidade e relaxamento capaz de adquirir durante a respiração, as couraças que estão sendo trabalhadas, o nível de anestesiamento do corpo do paciente, seu histórico terapêutico, enfim, fato é que a técnica sensibiliza o corpo e cada um vai perceber isso de uma forma muito exclusiva.
A cura vem pela respiração. Tudo que o terapeuta precisa ter certeza é de que o paciente respirou. E ao paciente basta respirar, sem precisar nenhum tipo de dissecação ou análise da experiência que está passando. Apenas sentir a experiência, em sua plenitude, Respirando o suficiente para ativar o corpo é sinal que houve concentração de energia para mexer com tensões crônicas profundas e estruturas densas da anatomia emocional.
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O que ajudamos e tratamos com o Renascimento
- Depressão leve e moderada, assim como outros transtornos mentais não psicóticos, como síndrome do pânico;
- Questões conectadas com amor próprio; pessoas que passam por longos períodos de baixa autoestima;
- Vítimas de abusos físico, moral ou sexual que encontram dificuldade para relacionar-se após o trauma;
- Pacientes que enfrentam questões de dependência química;
- Pessoas que procuram um caminho de autoconhecimento; um jeito novo de
olhar para si e perceber os padrões de comportamento pré-estabelecido;
- Homens e mulheres que sofrem com crises diárias de ansiedade sem entender os
gatilhos que os colocam em determinada condição.
Benefícios da Terapia do Renascimento
- Superação de traumas e bloqueios emocionais
- Capacidade de desenvolver pensamentos criativos e saudáveis
- Resgate da auto-estima e da alegria de viver
- Determinação e força de vontade para a tomada de decisões
- Aumento da energia corporal
- Regularização das funções orgânicas
- Transformação de padrões comportamentais limitantes
Depoimentos sobre a
Terapia do Renascimento
pela Rede Metamorfose
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