Depoimento de Renata Sanches

Primeiro quero agradecer à rede metamorfose por proporcionar esse momento e a este espaço para escrevermos, nunca tinha ouvido falar no tantra, talvez ainda não tenha ideia do que estou falando, peço perdão caso fale alguma bobagem com relação à prática, mas eu preciso, pelo menos, tentar expressar o que senti e convidar outras mulheres pra essa experiência incrível. Estive com o Leonardo numa sexta de manhã, melhor maneira de começar meu dia. O tantra foi uma sugestão de amigas. Fui muito bem recebida, fiquei a vontade, mesmo estando bem agitada e ansiosa pela prática. Eu sou bem controladora e gosto de saber o que está por vir, mas dessa vez fui sem muitas informações, eu só queria me dar esse presente, nem fiz perguntas. O Léo foi super acolhedor e me ouviu falar da minha vida atentamente antes de começar. Fui me preparar e voltei pra sala para começarmos. Iniciamos com um exercício de respiração conduzido pelo Léo, que foi me direcionando durante toda a prática com palavras e o toque, que pareciam atravessar o físico. O ambiente era super aconchegante, com uma música que me induzia ao relaxamento e ao mesmo tempo me estimulava de alguma forma. Todo esse compilado composto pelo espaço, a voz do Léo, o toque, o som, foi me deixando cada vez mais entregue. Senti meu rosto formigar, meu corpo esquentar e todos os estímulos que compunham a prática me fizeram alcançar um estado de prazer que nunca havia sentido antes, uma força potente de dentro pra fora, me fazendo gritar, colocando toda aquela vibração que precisava ser exposta para além de mim. Meu primeiro impulso foi apertar o braço do Léo, mas logo voltei, incrível meu padrão de buscar outro corpo pra junto do meu, mas a proposta era resgatar as minhas potencialidades (creio eu). O Léo estava ali apenas me mostrando do que meu corpo é capaz. Além disso, me senti amparada, segura, o que me fez chorar algumas vezes, uma emoção, um amor tomou conta de mim, me senti preenchida, cuidada e em paz. Consegui me enxergar por outra perspectiva. Eu não estava no controle de nada, apenas confiando no fluxo de energia ao meu redor e isso mostrou como a vulnerabilidade me traz benefícios, eu só preciso confiar. Tudo que experiencio, traço um paralelo para outras áreas da vida, pra mim, é tudo lição se estou atenta. E vivi intensamente cada momento presente quando permiti me entregar. Meu corpo saltava, meu coração acelerava e eu “voltava” cada vez mais relaxada. Chegou um momento em que pedi pra parar. Alcancei o que queria, mas podia muito mais. O Léo me perguntou se estava tudo bem e eu disse que sim, ele amorosamente questionou o que ainda estava preso dentro de mim e eu lhe disse o que pensei que pudesse ser. Acredito que, para criar qualquer tipo de conexão com quem quer que seja, eu preciso ser o mais honesta possível, então dividi com ele o que passou pela minha cabeça naquela hora, mas de verdade, ainda estou absorvendo tudo. Ele me ouviu sem julgamentos, me acolheu e ainda me deu algumas sugestões. Nos abraçamos por alguns instantes, um abraço afetuoso e demorado. Fui tomar banho e me vesti. Batemos mais um papo enquanto tomávamos café na despedida. Eu saí de lá extasiada e assim fiquei ao longo do dia. Me peguei fechando os olhos em vários momentos, lembrado do que senti e, por mais que eu tente traduzir em palavras aqui, eu jamais vou conseguir verbalizar o que aconteceu aqui dentro durante a prática. Só dá pra saber quem vive a experiência. A lição que tive depois foi que ainda preciso aprender a passar pelo processo, por mais incômodo que seja, eu tô sempre vislumbrando o resultado, mas não tem como chegar a lugar nenhum sem o esforço que é a minha parte e nem sempre vai ser prazeroso, as vezes dói, incomoda, mas se eu tiver paciência a recompensa sempre vem, eu só preciso continuar. Léo, muitíssimo obrigada pela disposição, amor e entrega, por me fazer sentir importante e acolhida. Certamente vou voltar, eu sei que tem muito mais a ser explorado aqui. Estamos juntos. 🙏🏻