Depoimento de Helena Maria sobre Grupos de Meditação Ativa

Um dos meus insights de ontem é que tantra é saber habitar-se. Perceber quando o controle é bem vindo e quando posso soltá-lo. É sentir o meu corpo. E neste sentir, descobrir o meu movimento genuíno.
Tantra é tão maior que não cabe defini-lo. A respiração é um caminho para sentir o meu labirinto interno. Respirar é a magia da vida.
Com a condução especial de um alquimista, é possível acessar esta magia, desbravar esta floresta rica através do sopro de vida. O ar que entra, o ar que sai. Morrer e renascer a cada segundo é a nossa casa neste mundo. Meu corpo se entregou ao próprio ritmo através da respiração. Eu quis desistir. Mas, continuei mesmo no desconforto. Alcancei prazer e magia. Percebi limitações e controle. Percebi padrões repetitivos. Senti a potência deste corpo e as infinitas possibilidades que posso alcançar se eu conceder a permissão. Então, Respirar vai além de manter a vida, é movimentar a capacidade de transformação interna. Parece simples e talvez seja mesmo. Mas, também percebi que fugimos da simplicidade da respiração que leva à contemplação do ser por inteiro. Luz e sombra, inteireza. Respirar com consciência é estar presente na própria carne, é ouvir o sussurro da alma dizendo que não há nada além, é ilusão. Há apenas a dança da vida mostrando a impermanência através da respiração.
A maior lição desta meditação para mim é que entre o primeiro e o último sopro de vida aqui na Terra, eu posso fazer magia neste corpo apenas dando espaço consciente ao Respirar.