Detalhes sobre Disfunções Sexuais, Falta de Libido, Ponto G e Ejaculação feminina:
Entenda o processo de algumas questões femininas
publicado por Shivaprem Tantra
A atividade sexual é um processo extremamente complexo, sendo composta de uma interligação de vários sistemas orgânicos (neurológico, endócrino e vascular), estados psicológicos, características sócio-culturais e religiosas. É muito influenciada por estados mórbidos diversos, pelo envelhecimento, pelos relacionamentos e pelas experiências anteriores. Quaisquer alterações nessa ampla gama de fatores pode levar a alterações nas várias fases do processo sexual.
* Estima-se que 19% a 50% das mulheres tem disfunções sexuais. Este número se estende para 68% a 75% quando são incluídas as insatisfações sexuais não relacionadas com as disfunções sexuais.*
As disfunções sexuais nas mulheres são classificadas em: disfunções de desejo, de excitação, de orgasmo e as dores sexuais (dispareunia e vaginismo).
Causas de Disfunções Sexuais:
Causas Psicológicas:
* Ansiedade
* Depressão
* Conflitos de relacionamento
* Fadiga
* Culpa
* Stress e problemas financeiros
* Conflitos de identidade sexual
Causas Físicas:
* Efeitos colaterais (medicamentos, cirurgias ou traumas)
* Problemas hormonais
* Lesões no cérebro ou na medula espinhal
* Drogas (álcool, fumo, entorpecentes)
* Colesterol
* Diabetes
Falta de Libido: A libido é uma carga energética que tem origem na sexualidade como um todo. Muitas pessoas acham que a sexualidade localiza-se apenas no aparelho genital, o que não é verdade. A libido é uma energia que faz os indivíduos buscarem a realização de suas necessidades básicas, como a fome, por exemplo, e também todas as formas de prazer. Assim, parte da libido é reprimida ou destruída através dos mecanismos repressores sociais, parte é deslocada para outros atos humanos como estudar, fazer arte, trabalhar ou outras atividades que julgamos importantes ao longo de nossas vidas, e uma última parte fica disponível para o prazer sexual. A libido é a energia que move o ser humano a se relacionar com os objetos, com o meio ambiente ou com outras pessoas, do mesmo sexo ou do sexo oposto. Se não fosse pela libido, o ser humano não iniciaria sua relação com o mundo e não a valorizaria. É esta energia que garante que as crianças comecem a brincar, a locomoverem-se para explorar a realidade à sua volta. Libido também significa limites, ter a noção dos limites à nossa volta, reconhecer o que é proibido, o que é perigoso, ou o que é aceitável, o que é livre. A capacidade de canalizar a libido para o mundo exterior é fundamental para o equilíbrio do ser humano. Problemas nesta canalização podem ocasionar falhas na socialização, como o autismo, autoagressão, masturbação compulsiva e outros distúrbios de comportamento. Na linguagem comum, a libido pode ser entendida como “vontade” e para entender melhor este conceito podemos nos utilizar das nossas expressões cotidianas: “não estou com vontade”; “sem vontade não há solução”. Estas formas de expressão sinalizam a importância da libido em todas as nossas ações. Libido é um termo que significa vontade e desejo. A falta de libido nas mulheres está relacionada com a frigidez ou a insensibilidade em relação aos estímulos com base sexual. Muitas doenças, incluindo mentais e psicossomáticas, podem estar relacionadas com a falta ou perda de libido, como por exemplo: depressão, anorexia, cirrose, hemocromatose, hipogonadismo e outras. Por outro lado existem doenças que resultam em um aumento excessivo da libido, como: obsessão ou TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), transtorno bipolar, hipertireoidismo e sífilis. Alguns medicamentos e muitas drogas também provocam alterações na libido. Um aumento patológico da libido é também conhecido como vício do sexo ou ninfomania, satiríase ou compulsão sexual.
Orgasmos em falta ou ausência de orgasmos (Anorgasmia)
A desigualdade de orgasmos entre homens e mulheres não é apenas um problema individual. 75% dos homens chegam regularmente ao orgasmo em relações sexuais com suas parceiras, mas somente 29% das mulheres o conseguem. Dois terços das mulheres têm orgasmos de vez em quando ou nunca. Mas a desigualdade no orgasmo, embora reconhecida, raramente é discutida. Simplesmente é aceita como sendo a maneira como o sexo é. Durante séculos, a mulher foi privada do orgasmo, por ele não estar vinculado à procriação. Só mais tarde, o orgasmo feminino foi admitido, mas com muita cautela. E a mulher que atingia o gozo sem amor era tida como ninfomaníaca. A impossibilidade de atingir o orgasmo é chamada de Anorgasmia e é a mais frequente das disfunções sexuais femininas. As estatísticas apontam que há apenas 25% de mulheres orgásticas e 75% de mulheres que apresentam algum tipo de dificuldade em alcançar o orgasmo. Entretanto, nossa experiência comprova que todas as mulheres são capazes de ter orgasmos, a não ser que estejam sofrendo de alguma doença neurológica e disfuncional, endocrinológica ou ginecológica, que tenha destruído ou comprometido a base física do orgasmo. A maioria das causas é de natureza psicológica ou de inabilidade e desconhecimento, sua ou de seu parceiro (a) em lidar com o seu corpo.
Fatores psicológicos que podem inibir o orgasmo:
• Tabus e preconceitos que comprometem uma participação ativa no ato sexual;
• Desconhecimento do próprio corpo e do corpo do parceiro;
• Cada um dos parceiros deve aprender a conhecer o seu próprio corpo e desenvolver a habilidade de expressar adequadamente as condições e os estímulos que o favorecem em direção ao orgasmo;
• Conflitos inconscientes evocados pelas sensações eróticas;
• Sensações de culpa em relação à sexualidade;
• Medo da entrega ao parceiro;
• Hostilidade ao parceiro;
Medo de se entregar às sensações fortes e desconhecidas (a excitação só chega até certo ponto, não permitindo alcançar a fase de platô, que é o nível máximo de excitação necessário para desencadear o orgasmo); Preocupação excessiva em alcançar o orgasmo, o que gera ansiedade, impedindo o relaxamento, indispensável para desencadeá-lo. Algumas mulheres tendem a negar a importância do orgasmo em um esforço para se adaptar à disfunção, usufruindo apenas dos aspectos não orgásticos da relação. Ao serem repetidamente frustradas durante algum tempo, acabam ficando desinteressadas por sexo. Em alguns casos, a angústia da mulher por sua incapacidade de atingir os orgasmos, antecipa o fracasso quando começa a fazer amor, ocasionando perturbação suficiente para originar uma frigidez secundária ou ausência geral de resposta sexual, que não poderá ser completamente restaurada, a menos que ela aprenda a liberar seu reflexo orgástico inibido. As relações não têm favorecido o orgasmo da mulher Os homens têm muita responsabilidade sobre o orgasmo da mulher. Estudos comprovam que 80% das vezes o homem penetra a mulher antes que ela esteja devidamente pronta e preparada para o ato sexual. No ato sexual convencional, o homem privilegia a penetração e desenvolve aspectos obsessivos compulsivos, gerando muita ansiedade para penetrar logo. A maioria dos homens se prende ao mito da masculinidade, entrando no ato sexual como se estivesse cumprindo a missão de defender as atitudes machistas que lhes foram erroneamente passadas pelos modelos masculinos dos seus ancestrais e reforçados pela ignorância social que permeia o assunto – provar que é “macho”. Agrega-se a isso o pavor que os homens possuem de “falhar” na “hora H”, do pênis não se manter ereto, de se imaginar “avaliado” em sua performance, como se o seu comportamento fosse julgado por uma banca examinadora. Ou de se vangloriar por atuações, quase sempre medíocres, por desconhecer completamente os aspectos anatômicos e fisiológicos da vagina ou dos reflexos neurofuncionais do corpo da mulher, sendo incapazes de perceber as reações da mulher aos seus estímulos. Os homens não ainda não sabem compartilhar a troca de prazeres eróticos que aos poucos dinamizam e potencializam a energia, abrindo caminhos para que os receptores dos neurotransmissores propiciem as condições para que o orgasmo feminino aconteça. Os homens estão submetidos à expressão primitiva do sexo, que determina que a expulsão do esperma aconteça o mais rápido possível. A frequência do vai-e-vem do pênis é rápida, a penetração é profunda, o ritmo frequente, a atenção fica concentrada na vagina, até que rapidamente, em pouco tempo, o homem ejacula, sem que a mulher experimente minimamente o prazer, a ponto de fluidificar e produzir a emoliência de seus músculos intravaginais e a produção dos hormônios responsáveis pelo orgasmo. No Tantra, os adeptos aprendem que a penetração só é recomendada após a comprovação das respostas fisiológicas que ocorrem na vagina. Ensinamos aos adeptos como obter orgasmos sucessivos de diferentes platôs. Após a fase de fluidificação e emoliência total, eles finalmente podem realizar a penetração do pênis de forma lenta e circular, sem a característica ansiedade compulsiva do sexo normótico. A penetração circular, lenta e constante, permite o contato com toda a parede vaginal em sua profundidade, inclusive nos pontos internos que possuem inervação com o clitóris, como a Glândula de Grafenberg (ponto G). Existem procedimentos concomitantes, através dos quais é possível à mulher experimentar orgasmos também em conjunto com a penetração. Na relação a dois, quando o homem se dedica, com cuidados especiais, a levar a sua parceira a experimentar as fases dos “altos platôs”, ele contribui para a elevação do prazer e a culminância do orgasmo, a níveis mais elevados, levando a mulher a experimentar o estado de supraconsciência. Existem estatísticas que demonstram que mulheres que praticam o sexo com uma parceira feminina levam grande vantagem sobre os parceiros homens – gozam em 83% das vezes. Fica caracterizado então que o grande problema resume-se à forma como o sexo heterossexual é praticado e ao fato dos homens desconhecerem totalmente o corpo feminino e as necessidades dos estímulos específicos e adequados que as mulheres necessitam. Algumas constatações de Shere Hite “O Relatório Hite”, um profundo estudo sobre a sexualidade humana, realizado por Shere Hite, informa que as mulheres que nunca gozaram sentem-se com frequência deprimidas ou lesadas por saberem que estão perdendo um grande prazer. Hite e os maiores estudiosos da sexualidade humana afirmam que o melhor jeito de uma mulher aprender a gozar é por meio da masturbação. Mulheres fingem o orgasmo? É muito grande o número de mulheres que fingem o orgasmo como uma forma de agradar aos seus parceiros. Falta-lhes a autenticidade do prazer e, consequentemente, os homens não mudam o seu comportamento conformista em relação às suas incapacidades e limitações, de proporcionar qualidade sexual aos seus relacionamentos. É muito raro encontrar uma mulher que nunca tenha fingido um orgasmo. 35% das mulheres fingem sistematicamente por razões distintas, para não serem consideradas frias e incapazes, ou para não decepcionar seus parceiros.
Dor no Sexo (Dispareunia)
Chamada de “dispareunia”, a dor que ocorre durante as relações sexuais pode representar para as mulheres um empecilho maior à satisfação sexual. Nessa situação, que pode ocorrer em qualquer idade, a dor pode aparecer no começo das relações sexuais, no meio, durante a penetração ou fora dela, no momento do orgasmo ou até mesmo depois que as relações acabaram. A dor pode ser ardente, aguda, causticante ou espasmódica; pode ser externa, na vagina, ou dentro da região pélvica ou do abdomen. Não se conhece ao certo a incidência da dispareunia, mas estima-se que 15% das mulheres adultas, sexualmente ativas, já sentiram dor durante o coito (penetração) algumas vezes por ano. As pesquisas demonstram que é alto o número de mulheres adultas que têm relações sexuais dolorosas com frequência. A dispaurenia retira o prazer sexual de uma pessoa e pode interferir na excitação sexual e no orgasmo. O medo da dor pode produzir ansiedade, tensão e afetar totalmente os reflexos que produzem a excitação. Em muitos casos a pessoa acaba evitando o ato sexual ou abstendo-se de todas as formas de contato sexual, com implicações até no retraimento das relações. Os parceiros de mulheres com dispareunia devem ser muito compreensivos e sensíveis aos seus sentimentos, auxiliando-a na busca por tratamentos que a acolham e a ajudem a superar o problema. Reconhecendo os sinais fisiológicos que o corpo comunica, reduzindo as tensões e conectando, pouco a pouco, os músculos sexuais com o prazer. Dependendo da gravidade e da intensidade do problema, o “trauma”, arquivado pelo reflexo neuro-muscular no corpo da pessoa, vai se abrindo e sobrepondo a experiência traumática com novas informações relativas ao prazer e ao orgasmo. Alguns casos são resolvidos com uma única sessão, enquanto outros necessitam de 3 a 10 sessões, passando por processos de reeducação sensorial. Nos atendimentos, não confronta-se o sistema de defesa do corpo, pois isso somente reforça o trauma. Num trabalho complexo de reintegração da aceitação e do afeto, vai reorganizando as sensações fazendo com que o corpo se abra naturalmente, permitindo-se experimentar novos níveis de aprofundamento sensorial, sem armar as defesas que produziam a tensão e a dor que afetam o ato sexual. Em alguns casos orienta-se um processo de cura psicológica (Traumas), atuar com meditações, limpeza, perdão…
Ejaculação Feminina:
* O líquido é transparente, inodoro, ralo e varia de 15ml a 200ml, dependendo da mulher. Nem todas as mulheres ejaculam, e as que ejaculam não fazem isso sempre. Depende de fatores relacionados a estimulação, às emoções e a predisposição no momento do estímulo. Requer a correta estimulação do ponto G e do clitóris. O ponto G é considerado um homólogo da próstata masculina.
* A ejaculação feminina foi observada em laboratório há muitos séculos por Aristóteles, que acreditava que o líquido era de extrema importância para a fecundação. No séc. XX, a ciência defendeu que a ejaculação feminina seria um sintoma de histeria, somatizado na forma de incontinência urinária, que mais tarde provou-se que não era verdade.
* Pela análise química do líquido expelido, mostrou-se que nada tinha a ver com a urina, e sim assemelhando-se ao líquido expelido pela próstata masculina. Algumas mulheres de hoje ainda acham que urinam ao ejacular, já que a sensação que antecede a ejaculação é muito semelhante a vontade de urinar. Porém a anatomia também comprova que isso é impossível, uma vez que o músculo pubococcígeo, que se contrai na hora do orgasmo, também é responsável pela contenção urinária.
* O líquido ejaculado também não tem relação com a lubrificação vaginal, uma vez que a lubrificação é feita antes do orgasmo e é produzida pelas glândulas de Bartholin, enquanto a ejaculação acontece no clímax do ato sexual e seu líquido é produzido nas glândulas de Skene e liberado através das glândulas do canal da uretra.
O Ponto G:
A Glândula de Grafemberg, ou ponto Grafemberg, mais conhecido como ponto G (recebe esse nome porque foi descoberto pelo ginecologista alemão Grafenberg), é uma pequena saliência altamente sensível e erógena, do tamanho de uma moeda de 5 centavos, localizada no fundo da parede frontal da vagina de todas as mulheres.Ele desencadeia um tipo de orgasmo diferente do clitoriano, quando as mulheres alegam sentir ondas de prazer percorrendo o corpo inteiro. Com a estimulação do ponto G, as sensações são muito mais profundas e, algumas vezes, incontrolavelmente prazerosas.
Para quem recebe a terapêutica, os detalhes fundamentais:
* Aprender a relaxar e a sentir
* Perceber a força e a influência dos condicionamentos sobre o seu corpo, sua mente e suas emoções
* Desenvolver novos aspectos sensoriais
* Potencializar novas perspectivas orgásticas
* Evite movimentos específicos e intencionais
* Deixe sua respiração solta, espontânea e natural
* Quando a energia entra em ascensão, é natural ocorrer uma liberação de um som gutural – o som primal ou primordial. Se houver ejaculação, não se preocupe. Vá além dos condicionamentos
* Logo após o orgasmo, é natural que sinta um pouco de dor. Se for uma experiência insuportável, peça para diminuir um pouco o ritmo e a intensidade da massagem
* Ao término da sessão, permaneça em silêncio por 10 minutos, integrando a sua experiência em silêncio, observando internamente o que acontece.
As mulheres não são menos orgásticas que os homens, pelo contrário:
São fisicamente capazes de múltiplos orgasmos, orgasmos secos e até mesmo ejaculações que ocorrem em concomitância com o orgasmo. Homens e mulheres precisam investir na experimentação e no seu desenvolvimento sensorial, explorando as características de prazer não só das partes erógenas do seu corpo, mas também em outras áreas dos sentidos. Esses novos pontos sensoriais podem ser acordados depois de um determinado período de estimulação. Nós aprendemos que é necessário um certo tipo de estimulação, no local específico e no tempo adequado. Os parceiros precisam conhecer esses pontos erógenos e se dedicar a produzir os estímulos corretos, no período de tempo apropriado, para que os resultados da excitação possam se expandir até a eclosão do orgasmo. Em muitos lugares ainda prevalece a idéia de que o prazer sexual não foi inventado para a mulher, só para os homens. Em muitos países mulçumanos, por exemplo, extirpam-se o clitóris das meninas, numa tentativa de que não entrem em contato com o prazer sexual. Os homens que se libertaram do mito da masculinidade e conseguiram penetrar na atmosfera feminina, entenderam que é importante que suas parceiras alcancem maior qualidade de orgasmo e de prazer, para desfrutarem de um relacionamento saudável e amigável, sem as neuroses convencionais que são um obstáculo para a perpetuação das boas relações.
Os benefícios vão muito além da vida sexual, pois a pessoa se conecta com sua fonte de poder pessoal. A terapêutica direciona o potencial criativo da sua sexualidade para realizar sua vida profissional, amorosa, pessoal e espiritual.
Esta força reside em você, dê um passo em direção a conhecê-la profundamente!
Que bom ter você aqui!!
Sou Beto Alves (Deva Munish) e atuo como Terapeuta Tântrico especialista em Respiração e Sexualidade.
Permita-se! você merece expandir as suas sensações!