A frustração no caminho de reencontrar a própria alma.
 
										
								
						
			
			
			
			
			
							
								
														publicado por 					Prem Apoorva (Apoorva) 
									
								
												
					Ninguém disse que seria fácil ou difícil reencontrar a alma. Geralmente as pessoas que já encontraram não confessam os detalhes do caminho, então, as outras que estão na busca criam expectativa. Afinal, o Tantra diz para primeiro purificar o corpo e sentir prazer. Contudo, a palavra purificação traz uma carga: se é necessário purificar é porque existe o peso de várias situações, existem repressões, condicionamentos e bloqueios tanto do corpo quanto da mente. Existe uma tristeza velada.
E aí vem a realidade ao se participar de um grupo ou estar em uma sessão: ao final pode existir sensação de frustração, justamente pela presença dos condicionamentos e bloqueios.
Ainda assim, há tempo de usar a frustração a seu favor, antes que ela se acumule até uma "próxima oportunidade".
A frustração pode ser um dos espaços que a alma tem para se reinventar: olhar para a ilusão da expectativa criada e provar o real, sendo que a partir dali existe a possibilidade de um novo caminho. Dessa vez o caminho pode ser trilhado de forma madura, tendo aprendido que há realmente uma jornada a ser percorrida e não um milagre a ser rezado.
Aliás, muita gente confunde a ideia de que sofrer é ruim com a ideia de que eliminar o sofrimento é saudável. Às vezes nem se sabe a profundidade daquilo que se sofreu, mas naquela confusão, o resultado é o amadurecimento. Esse amadurecimento é a prole direta da dor, da frustração e da tristeza, mas se há confusão o amadurecimento desaparece.
Então, como amadurecer e sentir prazer? Não é deixar de lado a jornada, mas sim de agarrar a coragem para seguir em frente e confirmar a decisão antes tomada – eu quero, eu mereço - e aí sim amadurecer. Faz parte das bases do Tantra Original: querer, desejar, se responsabilizar.
Sim, requer coragem para observar, como um filme, que não se trata de uma única frustração e sim de um acúmulo de desafios não vencidos na vida, desejos que foram aos poucos sendo negligenciados.
Em terapia pergunto: quantas vezes algo parecido aconteceu e você abandonou, foi “deixando para lá”? Quantas vezes a vida foi deixada de lado?
Um atleta não chega ao pódio sem treinar. É preciso disciplina. É a partir disso que o corpo se reconhece e se remodela, se habitua com as sensações novas, músculos acordados, reconhecidos e reconectados. Existe alguém que já trilhou e trilha o caminho, orientando alguém que almeja estar em condição melhor.
No tratamento em uma terapia de prazer acontece algo parecido: duas pessoas se encontram, dispostas a ficar frente a frente para iniciar algo novo, às vezes revistar e na maioria das vezes superar o que levou uma delas a procurar terapia.
Os desafios são postos. Há sim um descompasso inicial, como poderia ser diferente?
No começo há muito sofrimento envolvido. Muitos desse sofrimento é omitido tanto pela fala quanto pelo corpo. Porquê? Uma série de razões, mas lembre-se dos condicionamentos e bloqueios. Assim, para desvendar é necessário o tempo.
E, então, é possível desconstruir e alcançar uma nova verdade a partir da experiência emocional de contato consigo mesmo: em seus ódios, suas angústias, suas tristezas, suas apatias, seu novo movimento, seus desejos e finalmente seus prazeres reais.
O que é vendido hoje nos filmes, séries, documentários, marketing, infelizmente conduz as pessoas a acreditar que a terapia sexual é apenas uma fonte de um alívio imediato para suas dores emergenciais como a falta de prazer. Desse modo, com uma sessão (?!), tudo ficará rapidamente organizado, como uma espécie de cura milagrosa.
E também existe um termo para este desejo: Furor Curandis, ou seja, o desejo excessivo pela cura. Todavia, na prática, em cada sessão, em cada encontro, o que norteará o terapeuta e a pessoa que busca resolver suas questões, sem dúvida, é a diminuição da angústia. Ou seja, ela existirá sim e é por meio dela que emergem todos os afetos e as turbulências emocionais que movem o sofrimento e as frustrações.
Desse jeito, a frustração, quando bem trilhada, expõe as demais angústias, passando e então desvendar o caminho dos desejos realizados e do prazer.
 
						 
						 
						 
						 
						 
						 
						 
						 
						 
						 
						 
						 
						 
	
	
	










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