Exercício de autoconhecimento
publicado por Deva Harischandra
Eu te convido hoje a olhar pra você. A se colocar de frente a um espelho, a se olhar profundamente nos olhos e se permitir falar sobre si mesmo(a) pra pessoa projetada no espelho.
Primeiro se conecte com os olhos, faça algumas respirações profundas e fale sobre você, mas na terceira pessoa. Como se estivesse falando de outra pessoa. Contando sobre a vida de outra pessoa pra essa pessoa que está no espelho.
Conte a história da sua infância com todos os detalhes que você se recorda. Conte os momentos mais marcantes, os felizes e os infelizes também. Conte como era a relação com a sua família, como era a relação com os amigos (se os tinha presentes na vida nesse momento). Sua relação com os colegas da escola, com os professores, com os estudos...
Fale sobre como era a situação econômica das pessoas que o(a) criaram e como isso afetava você. Conte sobre o que gostava e o que não gostava de fazer, sobre as brincadeiras que o(a) divertiam, as músicas que ouvia.
Expresse-se sobre as dores e gostosuras da sua infância.
Depois, conte sobre a história do seu corpo, sobre como se relacionou com ele desde que consegue se lembrar, se o aceitou ou se o rejeitou de alguma forma, sobre os casos de amor e ódio com o próprio corpo (se os teve), sobre como desenvolveu a sua sexualidade, se sofreu algum abuso, sobre como se sente hoje com esse corpo que te pertence.
Fale sobre as suas emoções, sobre como se sente em relação a si mesmo(a), aos seus relacionamentos pessoais de trabalho, de família, de amizades, de amor...
Conte sobre o que te fez e faz sentir-se culpado(a), reflita sobre o que é a culpa, de onde ela vem e fale sobre como tem lidado com elas.
Conte se essa pessoa sobre a qual você relata, se a considera confiável, se ela tem amigos, se é uma pessoa aberta, se é disponível. Se é uma pessoa que se doa para as outras.
Diga as limitações que sabe que ela tem, se essa pessoa tem sido verdadeira com ela mesma, se tem se cuidado fisicamente, mentalmente, emocionalmente, energeticamente e espiritualmente.
Expresse suas maiores alegrias e maiores tristezas. Suas maiores conquistas e o que considera suas maiores perdas. Destaque suas maiores descobertas recentes.
Diga os sonhos que tem. O que quer para si e como visualiza os caminhos para chegar lá.
Relate as maiores mudanças dos últimos anos em todos os aspectos que puder. Diga as coisas que acha legais continuarem da mesma forma e as coisas que considera importantes que haja uma mudança.
E olhe profundamente nos olhos do seu(ua) experctador(a), refletidos no espelho, e agradeça a oportunidade de falar sobre essa pessoa com quem você convive de tão perto e tem tanto ainda a conhecer sobre ela.
Diga a ela que se abra para a vida e se permita desabrochar da forma mais doce e encantadora que puder. Que conheça-se, olhe-se com carinho, com amor e com paciência. Que o amor começa por dentro.
Na página 18, do livro Amor, Liberdade e Solitude, há o seguinte trecho de um discurso do Osho: “A pessoa que ama a si mesma sente tanto amor e se torna tão bem-aventurada que o amor começa a transbordar, começa a alcançar os outros. Ele precisa alcançar! Se você viver o amor, precisará compartilhá-lo. Você não poderá continuar a amar só a si mesmo para sempre, pois algo ficará absolutamente claro para você: se amar uma pessoa, você mesmo, é tão imensamente extasiante e belo, mais êxtases estarão esperando você, se começar a espalhar seu amor com muitas, muitas pessoas!”
Que o amor cresça a partir de cada um e transborde em abundância de dentro de nós.