Melhore sua vida sexual com o tantra
Como as técnicas desse caminho de autoconhecimento podem transformar a sua realidade
publicado por Sangito Deva
De acordo com uma pesquisa recente sobre o comportamento sexual no nosso país, metade dosbrasileiros está insatisfeita com sua vida sexual. Quando observamos os números detalhadosdesse levantamento a coisa fica mais assustadora ainda. Isso não apenas cria um espaço enormepara uma exploração desenfreada da sexualidade por marcas de todos os tipos de produtos,como também gera um atraso no desenvolvimento de toda uma população, que fica presa apiadas machistas, comportamentos sexistas e se vê refém de um tabu mal resolvido sem ter aquem recorrer para pedir socorro.
Isso é consequência de uma desinformação generalizada. Não há nos moldes sociais de hojequem se responsabilize pela educação sexual das pessoas. A maioria das famílias é falha nesseaspecto, fazendo da repressão o único ponto a ser discutido. Assim, homens e mulheres acabamaprendendo tudo o que sabem sobre sexo assistindo a filmes pornográficos que, em 99% doscasos, subjugam a mulher e desassociam toda e qualquer forma de afeto da relação, que setransforma numa afoita corrida ao orgasmo com poses, caras, bocas, gemidos e orgasmos falsos.
Mas na contramão de toda essa loucura que se instaurou sobre a sexualidade humana, existeuma filosofia comportamental com mais de 5000 anos que ensina - dentre várias outras coisas -uma maneira saudável de lidar com a energia sexual, tanto a sua quanto a do outro. Essa filosofiaé o Tantra.
O Tantra - ao contrário das filosofias especulativas - propõe uma mudança de atitudes, maisprática, que envolve mais os sentimentos do que o pensamento. Uma mudança que, embora sejasentida mais do que racionalizada, acaba internalizando mudanças drásticas de comportamento.Na relação sexual - tema do artigo aqui - os princípios tântricos derrubam uma série deparadigmas e conceitos que criamos sem perceber. A ideia é transformar a relação sexual em umameditação. Aprende-se que ninguém é responsável pelo prazer do outro, mas sim que cada umprecisa conhecer os próprios limites, entender a própria energia sexual e saber como controlá-la.Descobre-se novos estímulos, que despertam a bioeletrecidade do corpo e levam o orgasmo paraalém dos músculos genitais, concentrando sua energia em toda a musculatura do corpo. Todos os5 sentidos são redescobertos e passam a ter um papel integrado e fundamental na relação - osparceiros se olham mais, brincam com cheiro, com o gosto um do outro, aprender a falar e a ouvirsobre seu prazer. Isso traz tesão para a intimidade, cria uma cumplicidade positiva e reforça aunião.
Outro detalhe - muito confundido entre os leigos no assunto - é o tempo da relação tântrica. Nãohá uma regra, nada que especifique que a relação precisa durar muito tempo, muito mais tempoque o sexo trivial. O que muda no Maithuna - o sexo tântrico - é o objetivo; não há uma corrida emdireção ao orgasmo - que libera a bioenergia da musculatura e relaxa os corpos. Acumular aenergia sexual e expandi-la pelo corpo todo, elevando essa energia por toda a coluna até o últimoChakra - centro de bioenergia - que temos no topo da cabeça. Isso desperta um estado depercepção alterado, leva o casal a outros níveis de consciência.
E esse processo de acúmulo, em si só, gera orgasmos secos, orgasmos múltiplos, orgasmos devale, perenes, enfim, orgasmos pra todos os gostos.