(Re)Educação Sexual e o Tantra

(Re)Educação Sexual e o Tantra

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A fala aqui é sobre a dominação de um sistema patriarcal ao qual padrões de comportamentos que ainda são muito cobrados atualmente e mesmo replicados. Isso extingue não só a forma com o qual nos expressamos como também nos relacionamos de modo geral. Lysebeth em seu livro: Tantra, o Culto da Feminilidade, retrata como essa prisão nos envolve em discursos, padrões comportamentais, mesmo os sexuais, e como isso reprime um modus operandi que nos coloca de frente a nossa essência, em troca de honrarias a sistemas, desde familiares a sociopolíticos.

Essas réplicas comportamentais podem ser passadas de pais para filhos e filhas, mães para filhos e filhas, de grupos sociais de influência, programas de televisão e filmes, incluso os pornôs, propagandas, meios sociais, e por aí a dentro. Se não pararmos para prestar atenção, pode passar despercebido como uma simples forma de “ver e viver o mundo”.

“Em regime patriarcal, no ato sexual, o papel ativo cabe ao homem; o pênis é o órgão essencial, e a vagina não passa de um agradável receptáculo. O pênis penetra, vai e vem, impõe seu ritmo, goza, ou seja, ejacula; e o macho fica satisfeito ou, pelo menos, se satisfaz com isso. Séculos de dominação masculina fazem com que a mulher aceite esse papel passivo normalmente e se acomode. Até a etimologia é eloquente: vagina vem do latim “estojo, bainha”, e o nerlandês schede ou o alemão Scheide designam, indistintamente, a bainha de uma espada ou a vagina. Evidentemente, a espada é o objeto principal, a bainha apenas um simples papel protetor. (...) A repressão sistemática da sexualidade fazia com que muitos rapazes, especialmente nos estabelecimentos religiosos, ainda ignorassem, aos dezoito anos, a alguns até o casamento, como era o sexo da mulher; o curso de anatomia esquecia esse “detalhe”! Se tivesse podido, creio que os teria escondido até mesmo a existência de nossos próprios órgãos genitais!”

Nesse jogo socio-político-educativo, onde falar sobre uma sexualidade de forma esclarecedora em termos de anatomia e mesmo responsabilidade emocional, ao qual está intimamente fazendo a ponte entre o corpo físico biológico ao uso da sua energia de forma consciente e responsável, quem sai perdendo somos todos nós. Simples massas de manobras condensadas e reduzidos ao um jogo replicativo de experiências e pilares sistemáticos ao qual nos conduzem a um abismo de reatividades na vida como um todo.

O caminho do Tantra nos ensina a um olhar consciente sem julgamento a estas partes e libera-las uma a uma conforme se apresentam, e isso demanda um certo tempo (o seu). Ao se deparar com despir da malha que o cerca e com carinho integrar as partes que lhe pedem cura a primeira coisa que experenciamos é a liberação da energia feminina em nós, sela qual for sua representação biológica.

Energia feminina curada e liberada é energia receptiva, é fluxo e ordem natural, é a cura da criança com a mãe, com a ancestralidade e com a dor e o prazer feminino, com o amor incondicional universal. Essa parte curada é poder de expressão e de criatividade e energia sexual/vital fluida. Automaticamente sua energia sexual/vital em expressão através da sua sexualidade muda totalmente e isso se expressa de forma legitima inclusive em como conduz a relação sexual.

“O homem deve aceitar que mulher deve conduzir o jogo sexual e deve abordá-la com respeito total por sua feminilidade, abrindo-se para sua sexualidade de mulher. Não falo de uma compreensão condescendente, mas principalmente da percepção profunda do formidável potencial sexual feminino. Para isso deve haver diálogo entre o homem e a mulher, e é uma pena que ela seja tão reticente ao falar sobre sexo. Por que não dizer com toda simplicidade o que espera dele? Por que não informá-lo sobre suas pulsões e desejos profundos? Por que não se tornar uma iniciadora? Costuma ser surpreendente a ignorância de certos homens, reputados como experts por terem conhecido muitas mulheres. Concordo que o tantra não é sexo banal, mas o adepto tântrico, shiva ou shakti, deve poder satisfazer o outro, mesmo num enlace “normal”. Aliás, a união tântrica só é possível entre parceiros capazes de relações sexuais “comuns” desenvolvidas.”

Essa abertura parte primeiro de um mérito individual de conduzir todas suas relações de forma saudável para si, mesmo as que configuração não serem ordinárias às mais intimas, inclusive suas pulsões sexuais e admiti-las para si e para quem estiver se relacionando. Ao dominar apenas esse passo, que já é enorme para conduzir vossas vidas, sua relação coma própria sexualidade muda e isso muda o fator de energia sexual também ao qual influencia em tudo nossas vidas.

O autoconhecimento nos leva a uma libertação de dogmas profundos e aceitação de nossas partes ao qual a completude do sistema em harmonia com o todo capaz de nos tornarmos um sucesso a nós mesmo em conduzir nossas vidas, e isso não nos isenta de erros e tropeços. Porém a abertura a esta energia de conhecimento e cura de nossos femininos nos abrem espaço para uma profundidade com tudo que nos rodeia, e isso inclui também nossas relações sexuais, que nada que não demanda espaço e presença, fluidez e prazer não nos demanda espaço para ficarmos enclausurados em nós mesmos.


Sasha - TANTRA TERRA
Terapeuta Tântrica Corporal, formada em todas as modalidades do Método Deva Nishok, iniciada no ISTA - SSSEX Level I (Spiritual Sexual Shamanic Experience), Terapêuta Quântica formada em Processos de Access Consciousness (Barras Access & Facelift) e Meditações com aplicações de Tons Pineais. Mestre Reikiana, Mentora [...]

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