Sexualidade Feminina: mitos e tabus sobre prazer sexual

Sexualidade Feminina: mitos e tabus sobre prazer sexual

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Sexualidade feminina e saúde são temas que caminham em conjunto. Contudo, mesmo com os avanços da sociedade quanto aos papéis de gênero, a sexualidade da mulher ainda é negligenciada, o que afeta sua qualidade de vida.

Além disso, alguns tabus sobre o assunto continuam existindo, o que contribui para a falta de diálogo. Entender a excitação, a libido, o orgasmo e como lidar com problemas sexuais é a chave para alcançar o autoconhecimento e bem-estar.

Afinal, a vida sexual também influencia o humor, estado psicológico, relacionamentos e autoconfiança da mulher. Para explorarmos esse tema tão importante, preparamos o conteúdo a seguir. Acompanhe!

Qual é a importância da sexualidade feminina?

Saber como trabalhar a sexualidade feminina é fundamental para uma boa qualidade de vida. Conforme dissemos incialmente, o sexo e a saúde da mulher estão diretamente relacionados.

Primeiramente, devemos ressaltar que sexualidade é diferente de relação sexual. Chamamos de sexualidade a capacidade de reconhecer o próprio corpo e preferências na hora de sentir prazer.

Também não deve ser confundida com o orgasmo, apesar dele ajudar nesse processo de autoconhecimento. Aliás, a importância da sexualidade da mulher é tamanha, que vem sendo tratada como questão de saúde nos últimos anos.

Afinal, uma mulher que conhece seu corpo e seus desejos, tem uma autoestima fortalecida, que influencia diretamente em seus sentimentos, ações e estado físico e mental.

Por que a sexualidade feminina ainda é um tabu?

Em pleno século XXI, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre sexualidade feminina. Isso porque, ainda vivemos sob um viés cultural de que falar sobre sexo e prazer feminino não é encarado com bons olhos.

Por isso, enquanto os homens são encorajados a conversar abertamente sobre o assunto, inúmeras mulheres ainda se sentem inseguras em expressar seus desejos e preferências sexuais, mesmo com seus parceiros.

Outro ponto é que, historicamente, o papel de conhecer e praticar o sexo livremente foi atribuído ao homem, enquanto a mulher devia se preservar ao máximo.

Apesar desse pensamento estar mudando recentemente, essa visão equivocada sobre a sexualidade humana afeta negativamente as relações entre casais.

Uma da principais consequências disso é que muitas mulheres não sentem prazer ou sequer chegam ao orgasmo, mantendo relações sexuais somente para satisfazer seus cônjuges.

Para contornar esse cenário, é importante estimular o diálogo sobre o tema e o autoconhecimento feminino. A masturbação, por exemplo, é uma ótima forma da mulher conhecer seu corpo e os modos de sentir prazer.

5 Mitos sobre a Sexualidade Feminina

Mitos sobre a Sexualidade Feminina

Conforme dissemos logo acima, ainda existem uma série de mitos e tabus acerca da sexualidade da mulher e o prazer feminino. Inclusive, alguns são até incentivados a permanecerem mistificados.

Fisiologicamente, as mulheres conseguem criar uma forte conexão com seu corpo e intimidade, o que lhes favorece quando o assunto é autoconhecimento. Porém, mitos como os que citaremos a seguir, atrapalham essa autodescoberta.

1. O desejo sexual do homem é maior que o da mulher

Apesar de sabermos que a libido, mais especificamente, o desejo sexual, está relacionado com a produção de testosterona — presente em maior quantidade nos homens —, esse não é o único fator que influencia nisso.

Além dos fatores biológicos, o desejo também sofre alterações a partir do meio social, estilo de vida, crenças e cultura. Enquanto os homens sempre foram incentivados a explorar sua sexualidade, a mulher viveu encorajada a reprimi-la.

Por isso, muitas se acostumaram a encarar o sexo como algo dispensável, apesar da ciência afirmar que a prática é essencial para a saúde dos homens e das mulheres.

2. Não existe ejaculação feminina

Essa é outra afirmação falsa sobre a sexualidade da mulher. Mesmo que a ejaculação não seja uma realidade para a maioria das mulheres, ela existe e pode ser alcançada com a estimulação do ponto G.

3. Mulheres não sentem prazer com penetração

Outro mito. Apesar de ser mais fácil para a mulher sentir prazer com a estimulação do clitóris — único órgão do corpo feminino dedicado ao prazer sexual —, também é possível sentir prazer somente com a penetração.

Afinal, o clitóris é um órgão maior do que aparenta ser; boa parte do seu corpo se localiza na parte interna da vulva, que também pode ser acessada pela vagina. Não é à toa que muitas mulheres conseguem atingir o orgasmos apenas com a penetração.

4. Depois da menopausa, a mulher não sente mais prazer sexual

É sabido que, com a menopausa, o corpo da mulher sofre uma queda na produção dos hormônios sexuais. Porém, com os avanços da ciência e medicina, mulheres conseguem manter uma vida sexual plena e ativa após esse período.

Inclusive, por terem mais experiência de vida e conhecimento sexual, é comum que elas aproveitem mais o prazer e as vivências sexuais.

A relação da sexualidade com o corpo feminino

A relação da sexualidade com o corpo feminino

Saber como funciona o organismo feminino e os sintomas de excitação feminina é um passo essencial na trajetória da autodescoberta.

Como dissemos nos tópicos acima, são muitos fatores que influenciam na sexualidade feminina, por isso é fundamental compreendê-los.

Mesmo que as mulheres sejam capazes de sentir desejo sexual tanto quanto os homens, ele não acontece de forma tão direta.

Isso porque, elas costumam associar a vontade sexual com outros aspectos da vida, como experiências passadas, autoestima, intimidade com o parceiro e outros.

Além disso, a excitação feminina também ocorre de forma progressiva e não é tão automática como nos homens. Para você ter uma noção, são necessários quase 500ml de sangue para irrigar a vulva e deixá-la pronta para a penetração.

Nesse sentido, é indispensável respeitar esses fatores quando relacionamos a sexualidade e o corpo feminino, na busca pelo autoconhecimento.

O tantra e a sexualidade feminina

Podemos acompanhar a evolução do prazer feminino, que melhorou com o passar dos anos, mas ainda precisa caminhar bastante para receber a mesma valorização que a dos homens. Por isso, o Tantra surge para quebrar esses paradigmas.

Com ele, a mulher é incentivada a explorar a própria sexualidade, sem tabus e de forma saudável. Dessa forma, o Tantra a convida para buscar o autoconhecimento, a partir de sua base filosófica, práticas meditativas, rituais e técnicas corporais durante ato sexual.

No Tantra, a mulher é a representação de Shakti, o princípio feminino do universo. Então, suas técnicas visam a expansão da consciência e a experiência do prazer.

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Conclusão

Neste artigo, você aprendeu a importância da sexualidade feminina, os tabus e os mitos que ainda a cercam. Felizmente, o Tantra existe para quebrar essas barreiras e estimular a expansão da consciência feminina e a busca pelo autoconhecimento.


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Atimoda (Thiago Soares)

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