Ciclo de resposta sexual feminina
Pesquisa para a palestra sobre Massagem Tântrica no II ECCSS — Encontro Científico e Cultural sobre Saúde e Sexualidade, 25/08/2018
Em resumo, “as razões de uma mulher para instigar ou concordar com o sexo incluem o desejo de expressar amor, receber e compartilhar prazer físico, sentir-se emocionalmente mais próximo, agradar o parceiro e aumentar seu próprio bem-estar”.
[ABDO, Carmita; FLEURY, Heloisa]
“Uma nova proposta para o ciclo feminino de resposta sexual foi
apresentada por Basson (2001), enfatizando o valor da intimidade como
motivação feminina para o sexo. Desta feita, entende-se que muitas
mulheres iniciam o ato sexual sem suficiente entusiasmo e interesse: na
verdade, desejam aproximação física e carinho, antes que a sensação
erótica as envolva.
Com base neste argumento, Basson et al. (2004) propõem um modelo
circular para o ciclo de resposta sexual da mulher, em que a ausência de
desejo sexual espontâneo (no início do ciclo) não significa disfunção
sexual, o que exclui muitas mulheres da categoria de disfuncionais. Esse
modelo pode ser didaticamente dividido em cinco fases:
1. Início da atividade sexual, por motivo não necessariamente sexual,
com ou sem consciência do desejo.
2. Excitação subjetiva com respectiva resposta física, desencadeadas
pela receptividade ao estímulo erótico, em contexto adequado.
3. Sensação de excitação subjetiva, desencadeando a consciência do desejo.
4. Aumento gradativo da excitação e do desejo, atingindo ou não alívio
orgástico.
5. Satisfação física e emocional, resultando em receptividade para
futuros atos.”
[RIBEIRO, Renata]
“Essa receptividade aos estímulos eróticos seria influenciada por três
fatores: real motivação em responder aos estímulos e vontade de aumentar
a intimidade, satisfação física e emocional com o ato sexual (resultados
gratificantes) e aspectos favoráveis à receptividade, como ambiente
adequado, privacidade, confiança e segurança (Baram e Basson, 2008).
Alguns aspectos que poderiam diminuir o desejo e excitabilidade são:
distrações, fadiga, doenças crônicas (Alexander et al, 2006),
experiências sexuais prévias negativas, vergonha, culpa, falta de
segurança (emocional, física ou sexual), medo de uma gravidez
indesejada, medo de ser infértil, medo de contrair uma doença
sexualmente transmissível (Baram e Basson, 2008; Basson, 2004).”
ARTIGOS:
Dr. Rosemary Basson, B.C. Centre for Sexual Medicine, Vancouver General
Hospital, Canada.
Pdf enviado por cortesia da Drª. Helga Marquesini, Ginecologia —
Obstetrícia — Uroginecologia — Sexualidade.Título: WOMEN’S SEXUAL
DYSFUNCTION: REVISED AND EXPANDED DEFINITIONS (DISFUNÇÃO SEXUAL DAS
MULHERES: DEFINIÇÕES REVISADAS E AMPLIADAS).
Renata Ribeiro, Pós-graduada em sexualidade pela USP. Revista SGOB —
Janeiro/Fevereiro de 2013
Título: UM NOVO OLHAR SOBRE A SEXUALIDADE FEMININA: MODELO CIRCULAR
Link do estudo: https://goo.gl/Rzzf8a