Ciúmes, como lidar?

Ciúmes, como lidar?

Sempre tive essa sensação que a palavra ciúme não era o nome de um sentimento, era como se tivesse mais alguma coisa no meio, ou no fim, mas que ciúmes não definia integralmente o que estava sendo sentido.

Numa ocasião recente precisei processar as interpretações que faço sobre essa sensação e cheguei a uma conclusão interessante.

Para contextualizar, no geral, tenho me manifestado como uma pessoa que dificilmente chega a apresentar esse sentimento, então quando qualquer quantidade mínima dessa química chega em minha corrente eu já ligo o alerta da percepção e começo a me observar.

Quando me aconteceu de perceber ciúme fiquei meditando do porquê, afinal no geral esse sentimento vem como uma manifestação de um desejo de limitar a vida do ser amado, como se o que é importante para o outro competisse com o próprio senso de importância do ser que está sentindo ciúme. É como se houvesse uma demarcação de o que pode ser importante e até onde, e se passar daquele círculo de controle a pessoa começa a ficar desconfortável.

Essa é a minha percepção da relação que as pessoas têm com o que elas chamam de ciúme.

E tem um detalhe importante, nos estudos da CNV – Comunicação Não Violenta – para termos relações saudáveis precisamos identificar nossas emoções e nossas necessidades não atendidas, então é preciso expressá-las e em seguida fazer um pedido, onde por de trás dele o sentido é: eu comunico claramente o que gostaria que o outro fizesse para que eu me sentisse mais feliz nessa relação.

Nesse caminho de fazer pedidos tenho tido interações muito mais profundas pois vivencio na prática essa habilidade e vejo muitas resoluções sendo feitas. Mas, quando o assunto é ciúmes percebo que pode entrar em um lugar perigoso:

Sentimento: estou com ciúmes

Necessidade: quero me sentir mais importante do que x para você

Pedido: por favor se comporte de maneira tal que que eu me sinta mais valorizado/a do que x.

E, sinceramente, isso não me parece nada, nem um pouco saudável, ao contrário um prato cheio para relações tóxicas.

Assim, na minha meditação, mais uma vez, cheguei nesse lugar de: acho que não é a CNV que tá errada, mas ao contrário acredito que ciúme não seja um nome de um sentimento claro, e que essa definição confusa não nos permita a fazer pedidos claros.

Mesmo diante de toda essa racionalidade procurei olhar e ver se tinha e mim algum desejo por limitar a liberdade do outro e o que vi foi

Eu realmente sou um ser humano livre que gosta da minha liberdade e gosto de seres livres também. No geral fico feliz quando minha liberdade é respeitada e o que me faz feliz mesmo é ver os seres sendo capazes de se permitir em ser livres. Ou seja, essa qualidade de desejo por limitar a liberdade do outro não cabia no caso.

Outra face do ciúme pode ser a inveja, ou seja, uma sensação de que o outro está feliz logo me sinto menor, por não estar tão feliz quanto ele e com isso não queria que ele se sentisse tão feliz para que eu pudesse enfim me sentir confortável

Então olhei pra mim e fui pesquisar se havia inveja, e realmente não encontrei esse lugar, pois esse é o momento da minha vida onde eu me encontro mais feliz e conectada com a singularidade da minha humanidade e história. Desse jeito, de nenhuma maneira me sentia menor ou que minha história fosse menos, então inveja não me trazia a resposta que eu estava procurando.

Bom, aí nas minhas pesquisas lembrei que sentia ciúme todas as vezes que ele falava das coisas que eram importantes e então mergulhei mais profundo nessa pesquisa e o que descobri foi:

Com a nossa dinâmica de relação, apesar dele me dizer que gostava de mim, não havia nenhum movimento de valorização dessa relação, pois na visão desse ser temos vidas diferentes e isso não constituiria uma relação a ser cuidada. Foi aí que percebi que não temos os mesmos valores diante disso, pra mim, independente de conseguir estar próxima, tenho pessoas as quais são importantes e que faço questão de cuidar, à minha maneira, e sempre que posso expressar esse valor que elas têm pra mim.

Ou seja, não tinha problema dele ser feliz, estar feliz, ter coisas importantes na vida, não era o problema a comparação de felicidade entre a vida dele e a minha. A minha questão é que por um lado ele trazia uma sensação de que eu era importante, mas na prática não, e, assim, não me sentia valorizada.

Ou seja:

Sentimento: não estou me sentindo importante e valorizada.

Necessidades não atendidas: me sentir valorizada por ele.

Pedido: você consegue me ver como alguém importante pra você? Consegue agir nesse sentido dentro das suas possibilidades?

Isso foi pra mim uma eureka nesse sentido de pesquisar o ciúme, de olhar mais para dentro, de perceber que esse nome pode estar mascarando algo mais profundo. Hoje o que sinto é que quando chamamos um sentimento de ciúme é mais um julgamento do que de fato um reconhecimento e não nos diz claramente qual o sentimento mais profundo, quais são as verdadeiras necessidades que não estão sendo atendidas e qual o pedido claro que precisamos fazer.




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