Pesquisa da USP mostram que metade das mulheres não acessam ao orgasmo
publicado por Prem Hamido (Daniel)
O Projeto de Sexualidade da Universidade de São Paulo (Prosex), na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), concluiu uma triste pesquisa para o universo feminino: metade das brasileiras não acessam o orgasmo nas relações sexuais.
O levantamento ouviu 3000 participantes com idade entre 18 e 70 anos, divididos em 5 faixas etárias. Foram avaliados voluntários de 7 regiões metropolitanas do país: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Belém, Porto Alegre e Distrito Federal.
No estudo, 55% têm dificuldade para chegar ao orgasmo. Entre as principais causas, 67% sentem dor na relação. Isso traz a seguinte questão: ainda é alta a quantidade de mulheres anorgásmicas e maior ainda a quantidade de mulheres que sente dor no momento do ato sexual com seu companheiro.
Segundo o site Prazerela - escola com a missão de apoiar mulheres a se empoderar de seus corpos através do prazer feminino. obtivemos acesso a dados importantes. Através de uma enquete de 29 perguntas diferentes e de forma anônima, um grupo amostra de 1370 mulheres de diversas cidades brasileiras respondeu perguntas ligadas a sexualidade feminina com perguntas por exemplo:
-“Você já fingiu orgasmo?”
“Como você chama seu genital?”,
“Você já sofreu algum tipo de abuso?”.
Segundo psicanalista Mariana Stock, fundadora do Prazerela, foi possível constatar que, para elas, falar de sexo é também falar de saúde, auto-estima, segurança e educação, além de uma busca legítima por mais prazer feminino”.
Chama atenção nessa pesquisa que somente 16% das mulheres diz ter prazer feminino na penetração com algum relacionamento de par.
Quando perguntadas sobre a forma que têm mais prazer, 27% diz ser quando o parceiro faz sexo oral, 22% quando são tocadas no clitóris e 10% quando são estimuladas na vulva.
Quando o assunto é masturbação, 70% gosta de tocar diretamente no clitóris, sendo que 67% usa apenas as mãos e 21% se estimula com algum vibrador.
Somente 16% tem prazer feminino na penetração, enquanto, quase 60% relata que a maior fonte de prazer feminino está na estimulação externa do genital, ao contrário do que manda o script voltado ao masculino.
Por mais que muitas mulheres já se sintam livres e bem resolvidas para falar sobre sexo, o que a pesquisa trouxe é que parte das respondentes ainda tem algum tipo de limitação ou dificuldade para expor questões da sexualidade.
Apenas 43% delas conversa abertamente com seus parceiros e parceiras sobre o tema. Um outro dado deixa clara a desigualdade no prazer feminino e masculino.
A pesquisa perguntou sobre a frequência de orgasmos durante a masturbação e também durante o sexo: 74% das mulheres disseram ter orgasmos sempre que se masturbam, enquanto apenas 36% diz ter orgasmos frequentes nas relações sexuais.
Nos próximos artigos iremos aprofundar as percepções dessas informações e quais os ganhos você mulher pode ter com seu corpo, sua autoestima e sua vida. Converse com um dos nossos terapeutas qualificados e agende seu curso, vivência em grupo ou seu atendimento individual.