Quantas coisas a gente faz pela necessidade de ser reconhecido(a)?
publicado por Deva Harischandra
Desde bebês começamos a aprender que determinadas atitudes geram aprovação e outras geram reprovação. E na busca por sermos amados, vamos nos condicionando a fazer o que acreditamos que nos trará reconhecimento por parte daquelas pessoas das quais julgamos importante a opinião.
A gente se mata a vida inteira para fazer coisas na expectativa de nos sentirmos amados, reconhecidos e pertencentes.
Cabe a reflexão de olharmos pra dentro, acessarmos nossa essência e repensarmos se vale a pena tanto esforço e gasto energético.
Preocupar-se com a opinião alheia ou fazer o que transborda o coração?
Seguir os conceitos de certo e errado da sociedade em que nascemos ou se permitir conhecer e viver a própria verdade?
Fazer escolhas e ser responsável por vivê-las ou atender às expectativas que depositaram na gente?
Ser livre ou se deixar levar pela programação?
Levar a vida conforme a cartilha social ou experimentar?
Voar ou ceder à repressão?
A vida é muito vasta e abundante para nos podarmos, castrarmos e reprimirmos. Nos oferece infinitas possibilidades de escolha diariamente. Pecado é se privar da vida. Deixemos as repressões para quem as impõe. Sejamos o que somos, com acolhimento, amorosidade, verdade, inteireza, honestidade, aceitação e busca por autoconhecimento e crescimento pessoal.
O desenvolvimento de cada um de nós passa em primeiro lugar passa pelo autoconhecimento e pelo autoamor, e se não saímos da engrenagem social, jamais nos conhecemos, jamais pensamos por nós mesmos, jamais ouvimos nossa verdade interna.
Por mais amor e liberdade, por mais carinho na alma e olhares amorosos, por mais terrenos férteis para deixar fluir a espontaneidade, para expandir a consciência, para fazer as conexões que de fato nos importam.
Que cada um de nós possa ser independente e inteiro em todos os sentidos para vivermos da forma que escolhermos. Que estejamos plenos de nós mesmos, transbordantes de amor próprio, para que possamos olhar os outros também com compassividade e compreensão. Um olhar acolhedor e não um olhar que julga como nos acostumamos a sermos olhados ao longo da vida.
É lindo perceber o quanto evoluímos nesse sentido nos últimos anos. Há muito o que se aprender e crescer ainda, é verdade. Mas temos dado grandes passos para uma vida mais digna em todos os sentidos. Muitos preconceitos têm sido revistos, discutidos e resinificados. O amor é o caminho, eu acredito.
Que a gente possa se observar e perceber com atenção e carinho, e conscientemente diferenciar o que de fato representa as nossas vontades e escolhas, e o que nos foi ensinado e nada tem a ver com a gente. Que tenhamos discernimento e sejamos verdadeiros com o nosso infinito particular.
Uma linda, livre, abundante e transbordante vida pra você!