O que pensam sobre você?
publicado por Deva Harischandra
É muito possível que você também tenha sido ensinado que é super importante seguir o padrão socialmente aceitável para a maioria das pessoas da cultura em que você vive. Que tenha aprendido a atender expectativas dos que o cercam para se sentir fazendo “o certo”. Que tenha se condicionado ao longo da vida a agir na frente das pessoas de uma determinada forma, a dizer o que esperam ouvir, a ter comportamentos previsíveis, a usar diversas máscaras sociais para cada ocasião: com a família, na escola, em um grupo religioso, com os amigos, no trabalho, no trânsito, etc.
E que vá sufocando dentro de si as palavras que realmente queria dizer, a expressão das suas emoções, os sim e não que gostaria de sustentar em situações diversas. Sua verdade vai sendo oprimida, gerando bloqueios internos que acabam te fazendo um mal enorme ao longo da vida.
A maturidade, as terapias que podemos nos permitir fazer, pessoas incríveis que são verdadeiros anjos que vamos encontrando, as consciências que vamos adquirindo ao longo da caminhada, podem nos auxiliar muito a desconstruir a ideia de que não podemos ser quem somos.
É claro que a educação que recebemos e alguns condicionamentos adquiridos na nossa história podem ser bastante úteis e necessários, nos ajudando a funcionar no mundo em meio a sociedade em que vivemos. Há muitos aprendizados importantes nesse sentido.
O que quero dizer é que nem tudo o que acabamos enxergando como verdades absolutas de fato são. Que podemos sim romper com os padrões, sermos honestos com o que sentimos. Negar o que não estamos com vontade de fazer. Aceitar convites mesmos que muito ousados aos olhos de alguns, se temos vontade. Viver uma vida mais livre, interessante, rica, e com novas sinapses neurais o tempo todo, nos permitindo viver o desconhecido.
A vida é muito mais do que aprender um conjunto de regras sociais e trilhar o caminho que esperam que sigamos: estudar, escolher uma profissão bem vista pela sociedade e considerada uma carreira de sucesso e trabalhar nela até o fim da vida, casar, ter filhos, criá-los e morrer.
Podemos experimentar a vida nas suas mais variadas nuances de cores, perfumes, sabores, texturas, trocas, partilhas, aprendizados, parcerias, construções e desconstruções. Sair do condicionamento das obrigações, vergonhas, culpas, durezas, cobranças, julgamentos...
Trazer luz à essas questões, observar a si mesmo e se permitir é abrir-se à vida, esse movimento maravilhoso com inúmeras possibilidades a cada momento. Saber que se pode escolher diferente do que esperam de nós, e que representa uma real vontade nossa, pode ser transformador.
O que pensam de nós é somente o que pensam de nós. Cada pessoa é um universo, e cada uma delas, vai enxergar o mundo e o outro a partir das suas lentes, construídas de acordo com a sua história de vida. E está tudo bem. Cabe a nós não nos importarmos, sabermos que o que é do outro é do outro.
Se nos conhecemos, sabemos quem somos e não necessitamos da aprovação do outro, do aval para fazermos nossas escolhas reais. Nos preocuparmos com os olhares e julgamentos alheios sobre nós é uma grande armadilha do ego, com sérias consequências prejudiciais à nossa vida. Seja livre dessas pressões, escute a sua verdade interna e siga.
Definitivamente não somos feitos do que os outros pensam. Não temos que experimentar a vida da maneira que esperam de nós. E saber disso é uma dádiva, é deixar de ser uma engrenagem da máquina social em que a maioria de nós se encontra. Liberte-se a cada dia, delicie-se em fazer suas escolhas, se respeite, se acolha, se incentive, dê crédito às suas vontades e comemore cada passo rumo à libertação dos julgamentos e olhares maldosos ao seu vôo. Só voe! Dê atenção para o que faz a sua alma sorrir.
Muita luz pra você!