Padrões sexuais e o Patriarcado
publicado por Sasha - TANTRA TERRA
Sabemos por conhecimento, indução, percepção ou aprendizado que nossa cultura carrega uma matriz machista vinda de firmes pilares patriarcais e que colocam não só como força operante e dominadora o homem, bem como a energia masculina e até mesmo a inteligência acadêmica e lógica no centro da valorização humana.
Estes valores em termos de conceito sociais nos colocam (homens e mulheres) visivelmente em âmbitos de atuação onde homens e até mesmo as mulheres tem que assumir uma postura nos padrões da energia Yang (masculina) para que seus ciclos e mesmo vulnerabilidades sejam escondidas por trás de um sistema falho e que não supre a ordem feminina (Yin) como algo saudável, natural e comum dentro dos pilares sociais.
Veja bem que me refiro aqui a energias e não necessariamente a gênero. Ambos os corpos em sua constituição energética possuem os dois polos que se complementam e se completam numa eterna dança de equilíbrio para o ser humano viver sua natureza.
No Tantra esse equilíbrio não só é visado como é sistemicamente trabalhado para que atinja uma dança harmônica entre suas partes e na vida prática do ser humano. Tendo em conta que o Tantra se trata de tramas matriarcais os ensinamentos sobre nossos papeis sociais também se distinguem da própria cultura atenuando seu divisor sobre o comportamento humano.
Estes ensinamentos também vão a fundo no sistema relacional efetivo sexual ao qual seus pilares se sustentam onde “o homem deve aceitar que mulher deve conduzir o jogo sexual e deve abordá-la com respeito total por sua feminilidade, abrindo-se para sua sexualidade de mulher. Não falo de uma compreensão condescendente, mas principalmente da percepção profunda do formidável potencial sexual feminino. Para isso deve haver diálogo entre o homem e a mulher, e é uma pena que ela seja tão reticente ao falar sobre sexo.
Por que não dizer com toda simplicidade o que espera dele? Por que não informá-lo sobre suas pulsões e desejos profundos? Por que não se tornar uma iniciadora? Costuma ser surpreendente a ignorância de certos homens, reputados como experts por terem conhecido muitas mulheres. Concordo que o tantra não é sexo banal, mas o adepto tântrico, Shiva ou Shakti, deve poder satisfazer o outro, mesmo num enlace “normal”. Aliás, a união tântrica só é possível entre parceiros capazes de relações sexuais “comuns” desenvolvidas.”
E quando abordamos sobre relações comuns desenvolvidas, trago aqui a reflexão sobre nosso papel sociais na empresa, na família, com amigos, filhos, colegas, pessoas da mesma comunidade, bairro ou grupo de estudos, danças ou artes marciais.
Tantra se apoio numa relação por base sistêmica, onde você se alinha ao seu papel e compreende o papel dos demais, sem que isso lhe cause ruido. Quando se respeita quem se é e quem outro é em sua complexidade, o trato básico nas relações fica profundo e a relação sexual ao qual tantos buscam segredos tântricos passa a ser algo acessivo a alma daquele buscador verdadeiro cujo o sistema não mais aborda sua existência como um peão.