POR TRÁS DO VÉU DA RELAÇÃO
publicado por Sasha - TANTRA TERRA
O Tantra abraça muitas práticas que vão desde respiração, meditação, toques e acessos corporais para que você se desenvolva e atinja mais plenitude e verdade consigo e com tudo que lhe cerca na vida prática.
Sabemos que as questões relacionais são bastante requisitadas no nosso universo prático. Pai, mãe, irmãos, sócios, amigos, colegas de trabalho, pessoas que circulam no nosso dia a dia de forma geral. Todo esse mosaico compreende uma boa parcela de nossa energia quando precisamos administrar tantas energias junto a nossa e administrar tantos personagens além dos nossos.
Uma das práticas sensacionais que compete em revelar até que ponto nossa criança ferida ainda interfere nas questões relacionais é a fala, a comunicação. Quando não falamos o que queremos, delegamos ao outro adivinhar o que acontece em nosso interior, como um bebê que chora e precisamos entender se esse choro está reivindicando uma troca de fralda, alimentação, sono, uma etiqueta que possa estar pinicando a pele.
É um grande desafio compreender a comunicação de quem ainda não tem o processo da fala. Porém quando crescemos, temos essa habilidade e seja a forma como usamos, sabemos dentro de um certo processo comunicar nossos sentimentos, ideias, emoções, ações, e finalmente o que de fato pode ser bom ou não para nós mesmos.
Existe uma ferramenta extremamente interessante que aprendi num treinamento de um grupo internacional de Tantra que tinha o foco em artes templárias antigas e que me fez entender o desenvolvimento de uma relação totalmente diferente. Essa ferramenta se denomina RBDSM. E não, não e nada que se refere a qualquer sigla que denomine qualquer conjunto de práticas sexuais.
Nos familiarizando com a sigla o nome quer dizer R(relationship), B(boundaries), D(desires), S(sexual healing) e M(meaning). Numa tradução ao nosso bom e velho português, a sequência se traduz sobre: relacionamento, limites, desejos, saúde sexual e significa.
Mas como uso isso na minha comunicação ou no meu relacionamento Sasha, você me pergunta. E vamos lá pra um belíssimo exemplo: você conhece alguém ao qual se interessa em alguém nível para se relacionar, e por não saber se esta pessoa está ou não disponível para você, você decide abrir seu interesse para ela e mais importante, resolve que esse interesse deve ser colocado como uma ponte onde sua verdade e a da pessoa sejam visíveis logo de começo para que essa relação seja pra qual caminho siga seja estabelecida desde o início da forma mais aberta, limpa e real possível.
Então você inicia um diálogo a qual o RBDSM seja o ponto de partida que norteia a conversa, algo como: “Meu nome é tal, no momento estou sem me relacionar há dois anos de forma séria, porém tenho algumas relações sexuais informais com algumas pessoas na minha vida. Eu gosto de relacionamentos onde minha liberdade seja uma pauta, porém caso algo seja profundo entre nós irei me relacionar sexualmente e efetivamente apenas com você, mas não suportaria o fato de você não partir da mesma premissa. Meus desejos aqui são de completude, gostaria de uma pessoa ao qual possa dividir experiência e amadurecer num relacionamento, porém caso não estejamos na mesma sintonia com o decorrer do tempo posso abrir mão e buscar o que quero num outro lugar. Eu tive episódios de HVP na minha vida, mas elas foram tratados de forma mágica e estão sob controle e nunca mais tive qualquer situação ao qual esse fator tenha sido um impeditivo nas minhas relações sexuais, inclusive faço uso de preservativo para maior cuidado da minha saúde sexual, menos numa relação mais longa ao qual prefiro estabelecer a confiança de termos relação somente um com o outro. Estar com você significa que possa desenvolver melhor minha vida afetiva e me abrir para uma nova relação.”
Em contrapartida a outra pessoa tem total liberdade para a devolutiva de forma sincera e argumentativa para que seja estabelecida um elo de verdade desde o início através de falas particulares que envolvam aspectos relacionais, sobre os limites que podem ou não ter essa relação caso seja desenvolvida independente do formato, sobre seus desejos, sobre sua saúde sexual e sobre o significado que esta relação pode conter para ela, o que ela de fato quer em estar ali com você.
Nesse trabalho dinâmico, você vai partilhar com seu parceiro(a) sobre suas reais intenções dentro dessa interação dando para a contraparte total liberdade na sua devolutiva, seguindo a ordem do BDSM, você irá conversar e abrir de forma natural e sincera. Essa pratica cria um elo de confiança, verdade e maturidade primeiro para você mesmo e suas intenções reais naquela interação seja qual for a profundidade, em seguida com o outro abrindo espaço para que ele seja de fato verdadeiro com suas intenções.
O Tantra não trata apenas de intervenção direta ao aspecto físico mas por ser uma filosofia comportamental que visa sua totalidade, liberdade e verdade apoia práticas que visam que você esteja de fato em qualquer lugar que você se propõe a estar.