Ouça sua Yoni
Com o tempo, nos relacionamentos, especialmente aqueles de longo prazo, há uma crescente relutância nas mulheres em fazer amor, e normalmente são os homens que desejam fazer sexo com mais frequênciado que as mulheres. Por que isso acontece?
Com o tempo, nos tornamos complacentes. Passamos cada vez menos tempo nos preparando para fazer amor com sensualidade, excitação e paixão e tudo torna-se mais rápido, mais apressado e menos conectado ao coração.
Um bom sinal para perceber se você está pulando rápido demais para o sexo é observar se estiver usando lubrificantes. Nossos corpos são projetados para começar a produzir lubrificação na quantidade exata que precisamos, quando estivermos prontas para o ato sexual. Se não estivermos lubrificandas, significa que nossa Yoni não está aberta e não estamos ainda prontas. Ouça ela!
Se realmente ouvirmos os sinais claros que nosso corpo está nos dando, em vez de pular adiante ou tentar agradar o homem, ironicamente, o
homem vai gostar muito mais depois!
Isso ocorre porque, quando somos autenticamente abertas, nos rendemos à felicidade corporal e aos estados multi-orgásticos, que os homens absolutamente amam! Também desenvolvemos profunda confiança, já que, se um homem vai em direção a nossa Yoni cedo demais, ou tentamos receber penetração antes de estarmos prontas, ou lubrificadas só superficialmente, apenas fechamos e nos desconectados completamente de nossa rendição feminina. Essa atitude pode levar a problemas mais sérios como dispareunia ou vaginismo, tornando o ato sexual doloroso ou o impossibilitam. Muitos homens que me procuram para terapia acreditando ter ejaculação precoce, não entendem que o verdadeiro problema que estão enfrentando é da penetração precoce.
Um homem não precisa de muito tempo para se excitar, e é por isso que é tão importante que fique em sintonia com a mulher. Pedir permissão verbal ou energicamente antes de entrar nela e verificar se está aberta e pronta, no lugar de entrar sem permissão ou cedo demais, è importante quanto atender ao pedido dela para parar ou desacelerar.
Fazer amor tântrico é como uma meditação erótica. Requer presença e incorporação completa.
Infelizmente, estamos tão condicionadas a focar em nosso parceiro e no prazer dele, que não sintonizamos nos nossos corpos. Não tornamos nosso 'não' mais importante que o 'sim' do outro.
Como nos mantemos sintonizados com nossos corpos para honrar nosso sim? Primeiro precisamos estar em nosso próprio corpo. Isso acontece quando nos tornamos muito presentes em tudo que estamos fazendo e que estamos sentindo.
Depois de algum tempo, uma vez que estabelecemos essa profunda conexão conosco, por meio dessa presença, nos tornamos conscientes do que está
acontecendo dentro de nosso parceiro tambem, no corpo dele. Quanto mais sintonizado você estiver com você, mais sintonizado estará com o outro. Quanto mais você se ama, mais consegue amar verdadeiramente o outro.
Se você está em um relacionamento, para realmente amar a si mesmo, é necessário que haja uma união e um lugar onde ambos sejam independentes e possam ficar sozinhos. Lembrar o seu valor e amor próprio não é tarefa da outra pessoa; vem do que você está alimentando em seu próprio coração e em seu próprio corpo. Quando a autoestima é obtida com a aprovação ou validação de outra pessoa, ela é temporária e carece de autenticidade profunda.
Se estamos nos tratando com amor, carinho e respeito, será muito mais fácil estabelecer limites quando as pessoas em nossas vidas não
estiverem fazendo o mesmo.
Para realmente descobrir a sexualidade tântrica, como todas as práticas espirituais, a jornada começa com um olhar interior amoroso.
É uma abertura de nossos olhos nos olhos do amado e sentindo profundamente o que está se movendo em nossos corpos - emocionalmente, fisicamente e energicamente. Precisamos nos sentir de dentro para fora, o que é o oposto do que a maioria de nós experimenta porque somos tão apegados a um resultado, a fazer oque achamos que agrada nossos parceiros e, como resultado, nossa sexualidade pode se tornar tão externalizada quanto superficial.
Ao contrário, com essa conexão de dentro pra fora, no ato de fazer amor tântrico, o movimento natural é muito parecido com um rio; um movimento fluido, espiralado e circular, nada parecido com o que vemos nos filmes pornográficos, que é o movimento de vaivém, muito orientado para o orgasmo genital. Nosso corpo realmente relaxa profundamente e se rende à suave e fluida jornada de dois corpos que se fundem completamente no amor.
O prazer é experimentado em todo o corpo, em vez de ser localizado nos órgãos genitais, porque nós nos conectamos profundamente a nós mesmos, um ao outro e ao Divino.
É difícil descrever em palavras porque realmente, o Tantra só pode ser compreendido profunamente através do corpo.
Nos nossos retiros, assim como no curso online que estamos preparando nessa quarantena, você poderá aprender essa pratica e muitas outras para experimentar a verdadeira sexualidade tantrica e conectar profundamente ao seu proprio corpo, sua essencia e de reflexo, ao outro.
Qualquer duvida, estou a disposição
Com amor,
Veronica (Sonala)