Porque praticar em um relacionamento íntimo?
publicado por Paloma (Pema Mani) e Thiago Longuini
Aqui é a Pema e o Thiago compartilhando nossas reflexões a respeito do relacionamento íntimo entre duas pessoas.
No relacionamento íntimo existe o desafio de afinar os ouvidos para escutar a música que se cria a partir do encontro entre duas pessoas.
E então ajustar os passos para que a dança aconteça com mais leveza, fluidez e com duas pessoas com vontade de dançar.
E assim como faz um bom dançarino, para expressar toda a sua potência no momento da apresentação, você também pode fazer pela sua intimidade ou pelo seu relacionamento.
E o que podemos fazer é praticar.
As Práticas de Intimidade Consciente são uma série de meditações ativas, dinâmicas de consciência, exercícios de reconexão profunda, técnicas de respiração em dupla, desenvolvimento de atitude, ritualística, técnicas de massagem e muitos outros recursos que podem ser aprendidos e trazidos para o setting da sua intimidade, que irão ancorar novas percepções da sexualidade, potencializar a ligação amorosa e instintiva, proporcionar maiores períodos de descanso no prazer, aumentar consideravelmente a quantidade e a qualidade da sua energia vital e muitos outros benefícios que talvez nem conseguiríamos parar de enumerar.
O mais interessante do caminho de uma Intimidade Consciente é que chega um momento no qual as práticas deixam de existir.
O casal cria um espaço muito mais amplo na sua intimidade, percebe com mais clareza como a energia sexual e instintiva flui na intimidade, se entrega e se deixa levar por esse fluxo. Neste momento as práticas e os recursos se fundem com os praticantes e tudo pode ser experimentado de forma orgânica e integrada pela dança intuitiva que acontece somente entre vocês dois.
A prática é um caminho de aprendizagem, primeiro você adota alguns métodos e técnicas que irão lhe conduzir a experimentar possibilidades além das imaginadas na sua intimidade.
Ao repetir o mesmo percurso algumas vezes o seu corpo aprende os novos caminhos para a experiência e logo você começa a perceber que não é mais a prática que lhe conduz até a experiência e sim que você está conduzindo a si mesmo até estes novos espaços de prazer expandido.
A postura de um praticante também está sempre nos lembrando que somos aprendizes, de que não estamos prontos e acabados, continuamos sempre em obras, em processo de autoconstrução, podemos sempre pereceber novas nuances do prazer, nos entregarmos mais profundamente a ele, descansarmos por mais tempo dentro dele e então sentir o efeito de nutrição da alma, dos sentimentos e do instinto que pode ser ancorado em qualquer relacionamento íntimo onde haja disposição e um querer legítimo de desenvolvimento.
Existem sim aqueles dias em que o casal acorda com ruídos no canal de ligação entre as duas pessoas e então as práticas podem servir de suporte para romper com o padrão limitante do momento e reestabelecer a conexão fluída novamente.
Paloma (Pema Mani) e Thiago Longuini