Desvendando a Educação Tântrica
Pilares de Segurança, Ética e Empoderamento para uma Jornada Terapêutica Consciente
publicado por Lukas Sato
A título de curiosidade, você conhece a origem e significado da palavra educação? A palavra "educação" vem do latim "educare", que significa "conduzir para fora". Isso se refere à ideia de que a educação tem o poder de ajudar as pessoas a desenvolverem todo o seu potencial e habilidades, conduzindo-as para fora de sua ignorância e limitações, tornando-se fundamental para o desenvolvimento humano, pois permite que as pessoas compreendam melhor o mundo ao seu redor, adquiram habilidades para lidar com os desafios da vida e desenvolvam valores e princípios que ajudem a orientar suas ações.
Você nem precisa de muito tempo para se identificar com essa ideia, não é mesmo? E é isso que um(a) Educador(a) Tântrico(a) faz, por isso tenho muito orgulho em receber você na nossa egrégora.
A Educação Tântrica tem como base de atuação quatro pilares fundamentais: segurança, ética, respeito e consentimento. Esses pilares têm como objetivo promover um ambiente responsável e terapêutico, tanto para o interagente (paciente) quanto para o(a) educador(a). Eles são implementados desde o início do acompanhamento até o término, e o cumprimento dessas condutas são essenciais para desmistificar a abordagem tântrica, tornando-a mais acessível e confiável para aqueles que desejam explorar suas práticas.
Esses pilares começaram a ser desenvolvidos quando nós, professores humanistas da escola Aos Caminhos, há alguns anos, percebemos a importância do consentimento no processo terapêutico. Essa clareza, em meio a um ambiente nocivo no qual a Terapêutica Tântrica estava inserida, foi um divisor de águas. Percebemos que nossa abordagem não é uma ditadura do orgasmo, uma quebra de limites prejudicial, mistério e misticismo. Queremos que a Educação Tântrica promova autonomia, capacitando as pessoas a tomar decisões independentes e agir de acordo com sua própria vontade, proporcionando, assim, empoderamento, liberdade, confiança no que se é.
Segurança: A segurança garante que o processo terapêutico seja feito de forma responsável, minimizando os riscos físicos e emocionais para as partes envolvidas, educador(a) tântrico(a) e praticante. O educador(a) deve estar sempre atento(a) à sua conduta profissional para que o processo terapêutico seja seguro e benéfico, garantindo que a pessoa se sinta amparada durante todo o processo terapêutico.
Ética: A ética assegura que o(a) educador(a) atue dentro de limites claros, evitando comportamentos inapropriados ou prejudiciais para o praticante. Isso inclui questões como privacidade, confidencialidade e a exploração das práticas tântricas em um ambiente consensual e seguro. Quando a ética é levada a sério, ela serve como um guia que estabelece limites e expectativas saudáveis, o que permite que o processo terapêutico se torne um espaço de crescimento e transformação pessoal.
Respeito: O respeito envolve tratar o interagente com dignidade e consideração, independentemente de suas crenças, valores ou histórico de vida. O respeito é um compromisso de aceitar e valorizar o outro, respeitando suas escolhas e limitações, sem julgamentos ou críticas. Quando o(a) educador(a) demonstra respeito, ele(a) cria um ambiente de confiança e acolhimento para o interagente, permitindo que o mesmo seja reconhecido como um indivíduo único e valorizado em sua individualidade.
Consentimento: O consentimento implica em um diálogo aberto e transparente entre o(a) educador(a) e praticante, no qual ambos têm espaço para expressar suas expectativas, desejos, limites, preocupações e etc. O(a) educador(a) deve sempre informar sobre as práticas a serem realizadas, permitindo que o interagente possa tomar uma decisão consciente e informada sobre a participação nas atividades propostas. Isso significa que o interagente tem o poder de escolha sobre as práticas a serem realizadas, garantindo a autonomia e liberdade individual.
"somente garantindo estes pilares que podemos proporcionar um ambiente acolhedor, seguro e terapêutico para nossos praticantes acessarem e aprenderem a lidar com (ou transformar) suas questões - Jalesh Dhyan"