FIM DA LINHA ...” e a finalização, como acontece?”

publicado por Sasha - TANTRA TERRA
Por diversas vezes me peguei surpresa com questionamentos que a Terapia Tântrica traz, principalmente e quase exclusivamente através do masculino, sobre como ocorre o processo de abordagem dos toques no que diz respeito a “finalização”, mesmo depois de detalhar sobre como se dá a abordagem em diversos níveis do processo.
Então decidi refletir sobre alguns pontos que colocam em cheque também o trabalho com o campo feminino, entendo que ambos precisam de uma visibilidade, tanto num nível individual através de memórias em níveis físicos, emocionais e mentais, quanto em âmbitos mais amplos como coletivo/cultural.
Um dos grandes movimentos atuais (nem tanto) do feminino que visa a quebra de padrões de uma sociedade patriarcal e falocêntrica, que vem historicamente ocupando espaço há centenas de anos, começa a conceber uma quebra de diversos comportamentos já instaurados em nossas famílias, padrões de nossos corpos, em nosso (sub)consciente, dos papeis que o feminino desempenha, e, isso demanda por consequência um deslocamento do papel do próprio masculino dentro dessa mesma célula social, estabelecendo uma quebra dessa referência que esse masculino ocupa(va).
Esse modelo de masculinidade vinha desempenhando uma performance padrão onde seus instintos e desejos sempre foram atendidos e pré-estabelecidos como um referencial ao gênero oposto, algo a ser atendido, alimentado, quase como um “filho” ou um “bicho” que precisa ser mantido saciado e satisfeito. Uma demanda de crenças e padrões que não faz muito tempo, eu mesma aprendi através das minhas ancestrais, nas entrelinhas do dia a dia, de como deveria ser feito.
E essas necessidades vem deixando de serem encobertas e alimentadas à medida que nós trazemos para luz nossas dores e feridas de séculos de aprisionamentos e abusos, incluindo o próprio masculino, que perde muito no jogo da identidade atribuída ao gênero através da própria referência histórica/cultural imposta por diversas instituições sociais, indo além dos limites do que é sexualmente possível e mesmo permitido expressar ou sentir.
É natural a busca pelo prazer e pela expansão dos sentidos quando se procura o processo que a terapia tântrica pode proporcionar, porém, este mesmo processo vai além dos padrões que inicialmente conhecemos, concebemos e nomeamos como prazer. Esse prazer que podemos sentir nas sessões, nos direciona do corpo físico ao corpo anímico (emoções e pensamentos) expandindo nossa percepção num fluxo de energia, expressão e experimentação dessa experiência, de forma integral, independente das memórias que você guarda.
Essa abertura traz consigo uma série de características desrepressoras, visto que o próprio tantra sendo de origem matriarcal, com características sensoriais e comportamentais, visa o acolhimento de tudo que é, da integridade do próprio ser, e assumindo essa integridade, trazemos todas as manifestações do universo conosco, incluindo os aspectos das energias do feminino (yin) e do masculino (yang).
Aos meus olhos, ainda há um certo ruído no masculino em assumir o feminino em si. Uma dança que pode durar algum tempo para trazer consigo um equilíbrio nos seus passos, assim como acontece com as mulheres para equilibrar sua energia masculina e suas manifestações.
Quando se abraça essa suposta dualidade de energias e integra-se em si tudo que se tem numa experiência como a terapia tântrica pode proporcionar, algo mágico acontece e que vai além do padrão de memória que o corpo comporta, num nível mais objetivo, quando se refere ao assunto de: “sentir prazer”. Há ainda, o medo da não correspondência de uma suposta virilidade masculina no que tange a expressão desse corpo, como a ereção, ou mesmo, em se atingir essa experiência de percepção de prazer através da “finalização” com a ejaculação dentro do processo terapêutico.
Porém, se deixarmos de lado todas essas construções através da expressão do (não) sentir do masculino e do corpo mecanizado num determinado tipo de “prazer”, sensações e sentidos, iremos além do que a “linha do trem” nos apresenta como chegada, ou objetivo final. O alinhamento dos corpos físico, emocional e mental, nos levam a uma expressão de energia além do usual. O espírito se integra ao propósito da sessão, do uso da energia sexual e se abre para além de todas as percepções de padrões, especialmente do corpo, afinal de contas, o tantra é um processo com intervenção direta através do campo/corpo físico. E ele não acaba, quando supostamente termina.
A ejaculação vai além de um processo somente fisiológico e objetivo, e passa a ser uma expressão infinita de bem-estar, de gozo integral e orgasmo que está longe de uma pequena parte expressa pelo corpo físico. Ela está em você inteiro e passa através de todo o corpo, tendo por referência cada parte, cada célula, cada curva dele, e além dele.
Se resumir apenas às zonas conhecidas como erógenas e genitais é pouco, se resumir ao campo de expressão físico é pouco, tentar traduzir de forma escrita ou através de qualquer explicação ou referência é pouco, tão pouco quanto qualquer conceito de finalização.
Há sim, uma finalização do processo e que se chama integração, tão importante quanto qualquer outra parte do todo no procedimento, mas, está definitivamente longe dos padrões ao qual somos expostos pela pornografia, ou por uma cultura que muitas vezes pode nos castrar na busca por um aprofundamento de uma expressão mais profunda da sexualidade, ou na busca pela expansão da sua energia sexual e que está longe de uma resposta somente fisiológica. Afinal de contas, energia sexual é energia vital, e cabe aqui ressaltar que abrange tantas áreas de nossas vidas quanto podemos conceber.
Sustentar esse cenário imaginário composto por elementos que trazem a satisfação de um masculino através de uma demanda de suprimento e supressão do desejo e prazer de forma superficial é como enxugar gelo. Homens, permitam-se se conhecerem além do buraco da fechadura, permitam-se expressar-se além do medo da vulnerabilidade e permitam-se sentir além de qualquer limite imposto por um masculino que corresponda a qualquer coisa que não seja sua máxima expansão de ser. Afinal de contas, o fim sempre traz consigo a potência de um novo início, e seus corpos não são apenas padrões impostos e mecânicos. Vamos além?
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